Após discursar na Assembleia Geral da ONU , o presidente Jair Bolsonaro (PL) se encontrou com apoiadores em uma churrascaria por volta das 13h (horário de Brasília). O evento aconteceu nesta terça-feira (20), em Nova York , nos Estados Unidos .
Cerca de 60 apoiadores do mandatário estiveram presentes no restaurante. Os participantes foram: o Ministro das Comunicações, Fábio Faria; o Ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto Franco França; o Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite; o Ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira; o chefe da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (SAE), almirante Flávio Rocha; o chefe de comunicação da campanha, Fabio Wajngarten; o presidente da Câmara, Arthur Lira; o pastor Silas Malafaia; e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Além dos citados, diplomatas e outros membros do Itamaraty também almoçaram com o atual presidente.
A churrascaria brasileira é a mesma de 2021, quando Bolsonaro não foi autorizado a entrar no local por não apresentar comprovante da vacina contra a Covid-19, documento obrigatório nos Estados Unidos na época. O estabelecimento improvisou uma mesa ao ar livre para o presidente, que conseguiu realizar a refeição do lado de fora do restaurante, cercado por tapumes pretos.
A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também acompanha o chefe do Executivo na viagem, mas almoçou na Aliança de Cônjuges de Chefes de Estado e Representantes (ALMA) no Consulado do Brasil em Nova York.
Discurso na ONU
Jair Bolsonaro abriu a 77ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça. Durante a fala, o presidente atacou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , destacou o combate a corrupção, afirmou que o governo brasileiro não poupou esforços para salvar vidas durante a pandemia de Covid-19 e empregos. Ele também citou a preservação da Amazônia durante a conferência.
"No meu governo, extirpamos a corrupção sistêmica que existia no país. Somente entre o período de 2003 e 2015, onde a esquerda presidiu o Brasil, o endividamento da Petrobras por má gestão, loteamento político, e em desvios chegou a casa dos US$ 170 bilhões de dólares", comentou.
"O responsável por isso foi condenado em três instâncias por unanimidade. Delatores devolveram US$ 1 bilhão de dólares e pagamos para a bolsa americana outro bilhão por perdas de seus acionistas. Esse é o Brasil do passado", disse Bolsonaro referindo-se ao governo do PT.
Sobre a pandemia, o mandatário afirma que "quando o Brasil se manifesta sobre a agenda da saúde pública, fazemos isso com a autoridade de um governo que durante a pandemia da Covid-19 não poupou esforços para salvar vidas, e preservar empregos."
No entanto, o relatório final da CPI da Covid, instaurada em 2021, apontou que o presidente recomendou tratamento precoce sem eficácia comprovada cientificamente e atrasou a compra de vacinas. O documento também mostra que Bolsonaro não incentivou o distanciamento social e o uso de máscaras. Ele também descredibilizou as vacinas contra o coronavírus.
"Na Amazônia brasileira, área equivalente à Europa Ocidental, mais de 80% da floresta continua intocada, ao contrário do que é divulgado pela grande mídia nacional e internacional", disse o presidente nesta terça-feira.
Apesar do dado estar correto, o desmatamento vem crescendo a cada ano do governo Bolsonaro. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Tecnológicas (INPE), 17% da área da Amazônia foi desmatada em 2020. No ano seguinte, o desflorestamento foi o maior dos últimos 15 anos: 10.781 km² de floresta foram queimadas, correspondendo a sete vezes a cidade de São Paulo. Os dados são do Sistema de Alerta de Desmatamento e do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia.
A 77ª Assembleia Geral da ONU acontece até a próxima segunda-feira (26). Os ministros Carlos França, de Relações Exteriores, e Joaquim Leite, do Meio Ambiente, permanecerão em Nova York para participar de reuniões que tratam da agenda global.
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