O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o empresário Cássio Cenali, homem que gravou um vídeo em que dizia a uma mulher pobre que ela não receberia uma marmita por ser eleitora do petista , em coletiva de impensa junto à ex-ministra e candidata a deputada federal por São Paulo Marina Silva (Rede).
"Vocês viram a cena grotesca, vergonhosa e humilhante do comportamento de um reacionário bolsonarista entregando uma cesta básica para uma companheira que necessitava do alimento e teve a pachorra de perguntar em quem ela ia votar. E quando ela disse que ia votar no Lula, ele fez insinuações para os amigos dele, dizendo que ela não merecia mais cesta básica e ainda a mandou pedir para mim", afirmou Lula.
"Ele não precisava mandar ela pedir, porque a única razão para eu voltar a ser presidente da República é que nós temos que fazer mais do que fizemos nos primeiros mandatos. Eu não quero nem utilizar a palavra governar, nós temos que utilizar a palavra cuidar porque o povo brasileiro precisa de cuidado, sobretudo o povo mais pobre", acrescentou o petista.
No vídeo, o empresário afirma que é da campanha de Bolsonaro e pergunta à mulher em quem ela irá votar. Depois de a senhora revelar que pretende votar no petista, o homem falou que a partir daquele dia ela não receberia mais marmita e disse para a mulher pedir o alimento "para o Lula agora".
Depois da repercussão, Cássio Cenali pediu desculpas por ter feito o vídeo. Sem citar ou declarar apoio a vítima, o empresário se disse arrependido de ter gravado o ocorrido.
A vinte e um dias das eleições 2022 , Lula também relembrou casos recentes de violência que, segundo ele, demonstram que "a democracia está correndo risco nesse país".
"Os exemplos estão dados. Vocês sabem que, em 2018, duas pessoas foram assassinadas. Vocês viram agora um companheiro do PT assassinado no dia do seu aniversário. Vocês viram agora um companheiro quase ser decapitado por outro no Mato Grosso", disse o petista.
Lula fez referência a morte do guarda municipal petista Marcelo Arruda durante sua festa de aniversário, em Foz do Iguaçu (PR), pelo agente penitenciário Jorge José da Rocha Guaranho e a discussão que terminou com a morte a facadas de Benedito Cardoso dos Santos , que era pró-Lula, pelo apoiador de Jair Bolsonaro (PL) Rafael Silva de Oliveira, no Mato Grosso.
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