Bolsonaro durante live semanal
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Bolsonaro durante live semanal

presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar nesta quinta-feira as cartas em defesas da democracia lidas na Faculdade de Direito da USP pela manhã. Com um exemplar da Constituição na mão, o chefe do Executivo afirmou em uma live que fazem uma "onda" para tentar atingi-lo e que a carta serve de "passaporte para dizer que é bom moço".

O presidente, que tenta se reeleger ao Palácio do Planalto, fazia referência às assinaturas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de sua mulher na manifestação. Bolsonaro, no entanto, não citou diretamente o seu principal adversário nas eleições.

“Alguém discorda que essa daqui é a melhor carta à democracia? (mostra a Constituição). Alguém tem dúvida? Acha que um outro pedaço de papel qualquer substitui isso daqui?", afirmou Bolsonaro.”

Na sequência, o presidente afirmou que o PT não assinou a "carta de 88", referindo-se à Constituição, e que faziam uma "onda" sobre a carta à democracia para tentar atingi-lo. O Partido dos Trabalhadores, no entanto, foi um dos signatários da promulgação da Constituição, mas votou contra a redação final do texto.

“Então, vamos lá, já que o símbolo máximo do PT assinou a carta juntamente com a sua jovem esposa, eu pergunto: o PT assinou a carta de 88? O PT assinou a Constituição de 88? O pessoal faz uma onda agora sobre carta à democracia para tentar atingir a mim, mas a bancada toda do PT não assinou essa carta à democracia em 88 e agora quer assinar essa cartinha à democracia?”, afirmou.

Por fim, Bolsonaro afirmou que "fazer cartinha" era "servir de passaporte" para dizer que é "bom moço".

“Então fazer cartinha, servir de passaporte para dizer que é bom moço não funciona, tem que dar exemplo aqui.”

As cartas foram lidas em manifestação na manhã desta quinta-feira na Faculdade de Direito da USP pelo ex-ministro da Justiça José Carlos Dias. O documento destaca o papel do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na condução das eleições no país e foi tida como uma manifestação de oposição ao presidente Jair Bolsonaro.

A manifestação acontece em meio aos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral brasileiro. Ao todo, 107 entidades assinaram o documento, representando empresas dos mais diversos setores e variados segmentos da sociedade.

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