Na noite desta quarta-feira (9), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) , anunciou a desistência da pré-candidatura à Presidência da República nas eleições deste ano.
Em discurso feito na tribuna do Senado, o ele disse que vai se dedicar aos trabalhos no Legislativo. "Tenho que dedicar toda a minha energia a conduzir o Senado neste ano fundamental para a tão desejada recuperação e reconstrução do nosso país", afirmou.
"O cargo que me foi confiado está acima de qualquer interesse pessoal ou de qualquer ambição eleitoral. Meus compromissos como presidente do Senado e com o país são urgentes, inadiáveis e não permitem qualquer espaço para vaidades. Por isso, afirmo, seria impossível conciliar essa difícil missão de presidir o Senado Federal e o Congresso Nacional com uma campanha eleitoral presidencial", declarou Pacheco.
Na ocasião, o senador agradeceu o presidente do PSD, Gilberto Kassab, e aos colegas da legenda: "Agradeço profundamente — e sensibilizado — ao convite para ser candidato à Presidência da República e à confiança depositada em mim pelo meu partido, o PSD. Em especial e, principalmente, pelo nosso presidente, ex-prefeito, ex-ministro, Gilberto Kassab, aqui presente."
Nessa terça (8), durante um evento em Belo Horizonte, o chefe da Casa disse nunca ter afirmado que seria candidato à Presidência da República , apesar de ter recebido o convite do partido para concorrer.
"Eu nunca afirmei uma candidatura à Presidência da República. O meu partido, PSD, deseja ter candidatura própria. Eu recebi um convite do presidente do partido, da executiva e dos parlamentares para uma candidatura pelo PSD. E é uma avaliação que ainda não foi feita plenamente por mim. Mas é natural que o partido queira ter uma candidatura própria e no momento certo isso será afirmado pelo partido", afirmou na ocasião.
Diante da possibilidade de Pacheco desistir da pré-candidatura, o nome do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) passou a ser sondado por Kassab para assumir o lugar do senador .
Segundo aliados, Leite discute a possibilidade de uma candidatura a presidente, desde que envolva um acordo com outros partidos do centrão. O gaúcho teve projeção nacional com a disputa das prévias do PSDB e manteve uma agenda de articulações com outras legendas do seu campo político para aumentar ainda mais sua presença.