Mesa diretora da CPI da Covid
Divulgação/Agência Senado/Jefferson Rudy
Mesa diretora da CPI da Covid

As  eleições de 2022 terão rostos conhecidos para quem acompanhou de perto a CPI da Covid. Dos 11 membros titulares da comissão, seis têm candidatura quase certa a governos estaduais e dois buscam reeleição no Senado.

Além dos membros oficiais da CPI, outros que ganharam notoriedade durante as oitivas no Senado também tentarão novos cargos, como é o caso dos senadores Alessandro Vieira, pré-candidato à presidência pelo Cidadania , e  Simone Tebet, anunciada pré-candidata a chefe do Executivo pelo MDB.

Veja o provável destino dos principais atores da comissão:

Omar Aziz

O presidente da CPI da Covid encerra seu mandato no Senado no final deste ano e já afirmou em entrevistas que pretende buscar a reeleição na casa legislativa. No entanto, o ex-governador do Amazonas diz que a confirmação do seu destino se dará somente "no momento adequado".

Randolfe Rodrigues

O vice-presidente da comissão pode ser candidato ao governo do Amapá em 2022. A possibilidade foi confirmada ao iG pela porta-voz nacional da Rede, Heloísa Helena.

Renan Calheiros

Eleito senador em 2018, o responsável pelo relatório que pediu o indiciamento de 78 pessoas e 2 empresas tem mandato até 2024 e pretende cumpri-lo até o final.

Eduardo Braga

O senador do MDB pretende ser governador do estado do Amazonas. Nas pesquisas eleitorais publicadas até o momento, o pré-candidato Amazonino Mendes (sem partido), aliado de Braga, lidera todos os cenários, o que tem feito o parlamentar articular para que ele Amazonino desista do pleito e componha sua chapa como senador.

Amazonino, porém, diz a aliados que não abre mão de seu projeto de encerrar sua carreira política como governador do Amazonas. Caso isso se confirme, Braga poderá ter de repensar seu destino na política.

Luis Carlos Heinze

O bolsonarista, famoso por defender o comprovadamente ineficaz kit-covid , concorrerá ao governo do Rio Grande do Sul. O pleito terá outro aliado de Bolsonaro (PL), o atual ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni (DEM).

Em recente entrevista à Rádio Guaíba, Heinze afirmou existir um acerto para que ele e Onyx dividam o apoio do chefe do Executivo.

“Já estamos trabalhando este assunto no partido. Fizemos nove encontros regionais. Encerramos, no sábado passado, na Assembleia, um grande encontro do Rio Grande do Sul inteiro – com vereadores, prefeitos e lideranças. É um assunto que, dentro da legenda, já está mobilizando a todos. A sociedade também já tem aceitado o nosso nome como pré-candidatos. Estamos trabalhando fortemente”, disse o senador.

Eduardo Girão

Eleito senador pelo Ceará em 2018, Girão ainda tem quatro anos de mandato e não deverá aparecer na cédula em 2022.

Defensor das medidas do governo federal durante a CPI, Girão afirmou em entrevista recente à Jovem Pan News que apoiará Sergio Moro, seu correligionário, no pleito para presidente.

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“É indiscutível a folha de serviços prestados [por Moro]. Não é o voto de confiança, porque o brasileiro já tem. É um voto de gratidão por tudo que ele fez à frente da operação Lava Jato. A força-tarefa foi um grande símbolo internacional, positivo do Brasil, de enfrentamento à corrupção, que são as chagas que deixam o país de joelho”, disse o parlamentar.

Tasso Jereissati

O tucano tem destino incerto para 2022. Após desistir de se candidatar à presidência (o senador apoiou Eduardo Leite nas prévias do PSDB), Jereissati mantém mistério sobre seu futuro e pode ficar sem cargo após o término do mandato no final do ano.

Otto Alencar 

O Senador do PSD tentará a reeleição no Senado com o apoio do ex-presidente Lula. Para firmar o apoio ao parlamentar, Lula travou a candidatura ao Senado de Rui Costa (PT), atual governador da Bahia. Ele é cotado como provável escolhido para a Casa Civil, caso Lula vença o pleito.

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Marcos Rogério

Outro que se mostrou bolsonarista ferrenho durante a CPI da Covid, Marcos Rogério deve deixar o DEM para se filiar ao Partido Liberal (PL) — mesmo partido de Bolsonaro —para concorrer ao governo de Rondônia.

Jorginho Mello

Também membro do grupo de senadores que defendeu o governo federal durante as oitivas, Jorginho Mello (PL) é pré-candidato ao governo de Santa Catarina com o apoio de Bolsonaro.

Humberto Costa

Membro da oposição durante a CPI da Covid, Humberto Costa (PT) foi lançado pré-candidato ao governo de Pernambuco. O PT e o PSB, porém, articulam uma aliança nacional, o que pode fazer com que Humberto seja preterido em troca de um apoio do PT à candidatura do PSB no estado.


Além do G11

Alessandro Vieira

O senador é pré-candidato à presidência da República pelo Cidadania. Em baixa nas pesquisas eleitorais, o delegado já admitiu a possibilidade de abrir mão do pleito para apoiar Sergio Moro (Podemos).

O parlamentar de Sergipe, porém, afirmou que precisa saber qual o projeto do ex-juíz em temas importantes para o país antes de retirar seu nome da cédula. “O Brasil não precisa de outro salvador da Pátria”, comentou.

Simone Tebet

Outra senadora de destaque na CPI que pautou grande parte de 2021, Tebet foi lançada pré-candidata à presidência pelo MDB. Até o momento, o nome não emplacou nas pesquisas, o que pode fazer com que Tebet dispute nova vaga no Senado.

Fabiano Contarato

O senador Fabiano Contarato trocará o Rede pelo PT no final deste mês. Em entrevista nesta segunda-feira (17), o delegado contou que será o candidato ao governo do Espírito Santo pelo partido.

“O movimento já é no sentido de uma pré-candidatura ao governo do estado. Se tiver de ter uma candidatura, ela vai existir, e o partido já sinalizou que eu seria o pré-candidato à eleição”, afirmou Contarato.

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