O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, afirmou nesta terça-feira (11) que a chamada terceira via "poderia até ter uma viabilidade" se houvesse uma união entre os candidatos, mas disse que devido à "fragmentação" nesse campo não vê "nenhuma possibilidade" do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não estarem no segundo turno das eleições presidenciais.
A terceira via reúne candidatos que rejeitam tanto Lula quanto Bolsonaro, que lideram todas as pesquisas de intenção de votos. Estão nesse grupo Sergio Moro (Podemos), Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB) e Simone Tebet (MDB), entre outros pré-candidatos.
"São duas candidaturas já consolidadas, isso dá um certo desespero de candidaturas que não estão se viabilizando para tentar essa situação da terceira via. Terceira via poderia até ter uma viabilidade no nosso país se houvesse uma união, mas com essa fragmentação que acontece hoje e com dois candidatos que têm um piso de um terço do eleitorado, não vejo possibilidade nenhuma de não termos Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula no segundo turno", disse Nogueira, em entrevista à Jovem Pan News.
Na mesma entrevista, o ministro afirmou que o companheiro de chapa na campanha à reeleição de Bolsonaro precisa alguém de "extrema-confiança":
"Eu defendo que a pessoa que seja escolhida pelo presidente, seja uma pessoa de extrema-confiança, que dê tranquilidade para o presidente e não seja uma pessoa que venha trazer insegurança e conflitos no futuro governo."
Questionado sobre os nomes dos ministros Walter Braga Netto (Defesa) e Tereza Cristina (Agricultura), cotados para o posto de vice, e do dele próprio, Nogueira afirmou que seus colegas são "grandes nomes", mas que até hoje não houve convite e que a definição só deve ocorrer em abril.
"Esses nomes que você citou são grandes nomes. Mas até hoje o presidente em momento nenhum ou fez algum convite ou fez sondagem, acho que essa escolha nós iremos fazer lá para mês de abril."