O ex-juíz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro
(Podemos) falou sobre sua provável candidatura à presidência da República em 2022 e justificou ter 'quebrado' a promessa de não ingressar na política. Segundo ele, houve uma "mudança de contexto".
"Eu estou preparado para assumir a liderança de um projeto de governo e certamente não estou sozinho. Me sinto pronto para liderar, nós estamos construindo um projeto consistente. Se o povo brasileiro tiver essa confiança, seguiremos adiante", disse em entrevista no "Conversa com Bial".
“Eu estava confortável no setor privado e acabei aceitando um convite para morar no exterior, mas eu via com tristeza isso [a política]. Acabei me sentindo compelido a vir pra cá. Eu não faltei com a verdade naquele momento, mas o contexto mudou tão completamente. Eu acreditava que o sistema político ele ia consertar e não vi isso acontecendo. E me surgiu a opção de voltar agora para o Brasil e buscar essa reforma através do sistema político”, alegou, justificando seu ingresso na política.
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro disse que deveria ter deixado o cargo antes. Ele pediu demissão em abril de 2020, após Bolsonaro trocar o diretor-geral da Polícia Federal sem consultá-lo .
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"Eu tinha expectativa do presidente ser mais estadista. Fiz o máximo que eu pude, até o momento que me foi retirada a possibilidade de continuar o governo e foi aberto aquele inquérito. O que foi gravado naquela reunião ministerial, aquilo é bastante revelador, todo mundo que assiste aquilo viu o que estava acontecendo", completou.