O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve assinar e enviar ao Senado Federal ainda nesta semana, provavelmente nesta quinta-feira (18), a indicação do ministro do TCU, Raimundo Carreiro, para ser embaixador do Brasil em Portugal. A manobra, já informada a membros do próprio TCU e do Senado, é uma jogada política do governo para ter mais influência na corte.
A indicação faz parte da estratégia do governo federal para tentar ampliar sua influência no TCU. Isso porque, com a saída do ministro, o governo vai poder influenciar na escolha do substituto dele no tribunal.
A previsão é que Carreiro seja sabatinado na Comissão de Relações Exteriores do Senado já na próxima quinta-feira (25), junto a indicados por Bolsonaro a outras embaixadas. Em seguida, a escolha será analisada pelo plenário da Casa.
Raimundo Carreiro poderia ficar no tribunal até 6 de setembro de 2023, quando completará 75 anos, o que o obrigaria a se aposentar compulsoriamente. No TCU, Carreiro já era considerado um ministro alinhado ao governo federal.
Recentemente, ele conseguiu aprovar no tribunal um relatório validando a proposta do governo para a licitação do 5G no país. Ele também é relator de uma representação feita pela oposição que questiona o chamado orçamento secreto.