O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deverá participar presencialmente da próxima Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) , em setembro, em Nova York. Pela tradição da ONU, o presidente brasileiro faz o discurso de abertura da assembleia, o que está programado para ocorrer mais uma vez.
No ano passado, o evento foi realizado pela primeira vez de maneira virtual, devido à pandemia de Covid-19 . Neste ano, a cerimônia voltará a ser presencial, mas alguns líderes devem enviar mensagens gravadas.
A abertura da assembleia-geral está programa para ocorrer no dia 21 de setembro, às 9h no horário local (10h no Brasil). O Palácio do Planalto ainda não confirmou oficialmente a ida de Bolsonaro, mas duas fontes do governo afirmam que ele já tomou a decisão de ir.
Essa será a segunda viagem internacional do presidente brasileiro desde março de 2020. Em maio, Bolsonaro acompanhou a posse de Guilherme Lasso no Equador.
Será uma oportunidade para o primeiro encontro presencial entre Bolsonaro e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden . Como o presidente americano é o segundo a discursar, geralmente ocorre um breve encontro nos bastidores com o presidente brasileiro.
Bolsonaro, que ainda não se vacinou contra a Covid-19, recentemente disse que pretende tomar uma vacina "aceita no mundo todo" porque precisa viajar, e citou os Estados Unidos e a Europa como prováveis destinos. Os EUA, no entanto, não exigem imunização para a entrada no país, então isso não seria um impeditivo.
Além disso, a ONU garante mais liberdade para as autoridades com visto diplomático que comparecem à assembleia-geral. Esse foi uma partes do acordo do governo americano com as Nações Unidas para ser sede da entidade. Por isso, por exemplo, inimigos declarados dos EUA já compareceram ao evento.
Resposta a críticas externas
Em sua primeira participação na ONU, em 2019, Bolsonaro adotou um tom agressivo e rebateu críticas sobre sua política ambiental, com referências indiretas ao presidente francês, Emmanuel Macron .
No ano passado, em um discurso gravado, o presidente defendeu sua política de combate à Covid-19 e voltou a criticar o que chamou de "desinformação" sobre a Amazônia .
O presidente brasileiro dá o pontapé inicial no evento desde 1955. A honra deve-se não apenas ao fato de o país ter sido o primeiro a aderir à ONU, criada há exatos 75 anos, mas ao papel do então chanceler Oswaldo Aranha na história da organização — ele presidiu a primeira sessão especial da Assembleia e a segunda sessão ordinária.