Após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) convocar seus apoiadores para um "provável e necessário contragolpe" no próximo dia 7 de setembro , 31 subprocuradores da República solicitaram ao procurador-geral Augusto Aras uma investigação sobre as intenções de Bolsonaro com tal chamamento. A informação é do jornalista Guilherme Amado, do portal Metrópoles .
“Em sendo confirmados tais fatos, tem-se a extrapolação dos limites da mera liberdade de expressão, porquanto se voltam contra os elementos nucleares do próprio regime democrático, podendo configurar sérios indicativos de ruptura institucional”, dizem os subprocuradores no texto.
"Comprometidos com a institucionalidade, o respeito e a defesa da Constituição e sua fiel execução e, sobretudo, com a prevalência do Estado democrático de Direito, cabe-nos assinalar os riscos de transposição da fronteira entre os valores constitucionais e o obscurantismo. E a defesa dos valores constitucionais constitui dever indeclinável do Ministério Público, em especial, no caso, do Procurador-Geral da República”, continuaram em nota.
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Bolsonaro
Após a mensagem do contragolpe ser divulgada na imprensa, Bolsonaro teria ficado incomodado e reclamado com auxiliares sobre o vazamento do conteúdo.
Aras
Pressionado por sua postura passiva em relação às denúncias contra o presidente da República, o procurador-geral da República, Augusto Aras, informou ao Supremo Tribunal Federal que abriu uma investigação preliminar em relação aos ataques do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao sistema eleitoral brasileiro. A ação ocorreu após uma cobrança pública da ministra Cármen Lúcia.
Vale lembrar, também, que no último dia 14 de agosto, um grupo de subprocuradores-gerais da República aposentados, dentre eles o ex-procurador-geral da República Cláudio Fonteles, enviou ao Conselho Superior do Ministério Público Federal um pedido de investigação criminal contra Aras por suspeitas de prevaricação em sua conduta à frente da PGR, com o objetivo de blindar o presidente Jair Bolsonaro.