Nesta sexta-feira (2), a Procuradoria Geral da República (PGR) recorreu da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que tornou o ex-juiz Sergio Moro suspeito no julgamento de outros processos relacionados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) . O pedido foi encaminhado ao Supremo.
No último dia 24, Gilmar Mendes concedeu a extensão da suspeição de Moro para todos os processos em que ex-juiz atuou contra Lula na 13ª Vara Federal de Curitiba . Em resposta a um pedido da defesa do ex-presidente, a decisão do ministro faz com que todos os atos decisórios de Moro nas ações do caso do sítio de Atibaia e do de doação de um imóvel para o Instituto Lula, sejam considerados nulos.
De acordo com a apuração da CNN Brasil, a subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, disse que a decisão é "insustentável também porque tomada sem qualquer apontamento de atos concretos nos demais feitos criminais que ensejem mais um reconhecimento da suspeição de Sergio Moro".
"A decisão da Segunda Turma sobre a suspeição de Moro no caso do tríplex do Guarujá considerou, de maneira expressa, que a conclusão alcançada pelo órgão colegiado possui efeitos restritos, circunscritos especificamente à discussão destes autos", acrescentou.
"Nele, restou claro o propósito de evitar extensões exacerbadas, levadas a efeito sem se considerarem as condições particulares de cada processo-crime integrado pelo ex-juiz federal e o réu Luiz Inácio Lula da Silva".