Vacina indiana Covaxin
Foto: NOAH SEELAM/AFP
Vacina indiana Covaxin

O governo Bolsonaro teve somente uma reunião técnica, em novembro de 2020, antes de encaminhar, três semanas depois, um "memorando de entendimento não vinculante", no qual manifestava interesse na compra da Covaxin , iniciando as negociações. A vacina contra a covid-19 produzida na Índia tem o maior custo dentre as vacinas adquiridas pelo Brasil e, até hoje, ainda não tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial.

O contrato para aquisição de 20 milhões de doses foi assinado em 25 de fevereiro deste ano, após 97 dias de negociações. O custo final foi de R$ 1,6 bilhão. O valor abriu suspeitas de corrupção na compra da vacina. O Ministério Público Federal (MPF) afirma que há indícios de irregularidades, corrupção e superfaturamento . A dose da vacina é acertada por R$ 80 (US$15), 270% mais caro do que a própria Índia pagou um mês antes

A velocidade na negociação do Governo Bolsonaro pela compra da vacina destoa da demora para compra de outros imunizantes, como foi o caso da vacina da Pfizer, já com aprovação da Anvisa para ser utilizada, que ficou meses sem receber nenhuma resposta por e-mail .

O caso da possível corrupção do Governo Bolsonaro na compra da Covaxin é tema central de hoje na CPI da Covid , no Senado Federal, que ouve um servidor do Ministério da Saúde que afirma ter sofrido "pressões anormais" para dar celeridade às tratativas. O irmão dele, o deputado Luis Miranda disse ter informado diretamente ao presidente Jair Bolsonaro sobre as suspeitas de ilegalidades. 

- Com informações do UOL.

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