O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
que investiga a condução do governo da pandemia
, Randolfe Rodrigues
(Rede-AP), revelou que a Pfizer enviou 53 e-mails
ao Ministério da Saúde, e todos foram ignorados.
"Na investigação que estamos fazendo na CPI da Pandemia descobrimos que, na verdade, foram 53 e-mails da Pfizer que ficaram sem resposta. O último, datado de 2 de dezembro de 2020, é um e-mail desesperador da Pfizer pedindo algum tipo de informação porque eles queriam fornecer vacinas ao Brasil", publicou Randolfe numa rede social.
O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, atribuiu a postergação da resposta à existência de um "vírus" nos computadores da pasta.
A primeira oferta foi realizada dia 14 de agosto, sendo de 30 e 70 milhões de doses do imunizante e a proposta tinha validade até dia 29 daquele mês. Entre metade de agosto e setembro, o presidente mundial da Pfizer encaminhou ao Brasil ao menos dez e-mails cobrando uma resposta formal dos governantes brasileiros.
"Essa omissão na aquisição de vacinas da Pfizer acontecia ao mesmo tempo que o nosso Itamaraty pressionava a Índia para liberar cargas de hidroxocloroquina a uma empresa brasileira", completou o senador.