O Rio de Janeiro vive em constante conflito com a milícia, esse projeto de sociedade atinge a população e o Estado de diferentes formas de atuação. Na última quinta-feira (3), uma construção irregular desabou em Rio das Pedras , Zona Oeste do Rio de Janeiro, região tradicionamente conhecida por ser comandada por grupos paramilitares.
A milícia em Rio das Pedras também está envolvida no assassinato da veradora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Adriano da Nóbrega, morto na Bahia, em fevereiro de 2020 , em confronto com a polícia, chefiava o escritório do crime . Adriano era um dos investigados no assassinato de Marielle e de Anderson. Ronie Lessa, autor dos 13 tiros que executou a parlamentar e seu motorista também tinha ligação com o grupo de extermínio.
Em 12 de abril de 2019, na Muzema, comunidade localizada no Itanhangá, também na Zona Oeste do Rio, outros dois prédios, construídos de maneira irregular, desabaram, ocasionando a morte de 24 pessoas .
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Em 10 de maio desse ano, a Polícia Civil deflagrou a Operação Caixa de Areia, para desarticular o grupo paramilitar, que explora imóveis na região , suspeito no envolvimento no desabamento na Muzema. Na ação oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos e a Justiça também mandou bloquear R$ 12,4 milhões em bens.
Para entender melhor as diferentes maneiras de atuação da milícia e os prejuízos causados por ela, o iG produziu um podcast com o cientista Político e Social professor do Departamento de Sociologia da UFRJ e coordenador do Núcleo de Sociologia de Poder e Assuntos Estratégicos, Pesquisador Associado Sênior do Laboratório Cidade e Poder da UFF, Paulo Baía e o deputado estadual Flávio Serafini (PSOL-RJ).
Para saber mais do assunto, confira o nosso podcast: