Prédios clandestinos desabaram na comunidade da Muzema, no Rio de Janeiro
Vanessa Ataliba/Brazil Photo Press/Agencia O Globo
Prédios clandestinos desabaram na comunidade da Muzema, no Rio de Janeiro

Um dia após o Corpo de Bombeiros anunciar o fim das buscas por vítimas do desabamento de dois prédios na Muzema, no Itanhangá, Zona Oeste do Rio, subiu para 24 o número de mortos. Adilma Rodrigues, 35 anos, estava internada no CTI do Hospital Lourenço Jorge, foi transferida para um hospital particular na última quinta-feira e morreu no início da manhã desta segunda-feira.

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Na tragédia da Muzema , que completou uma semana neste sexta-feira, Adilma perdeu o marido, o pastor Cláudio José de Oliveira Rodrigues, 40, que chegou a ser socorrida com vida dos escombros. A filha do casal também foi internada, Clara Rodrigues, 10, mas já teve alta.

Neste domingo (21), a equipe de resgate do Corpo de Bombeiros resgatou a última vítima desaparecida e encerrou um ciclo de mais de duzentas horas de trabalho de busca. De acordo com informações compiladas na área do acidente, não há mais nenhuma pessoa desaparecida, segundo os bombeiros.

Três responsáveis pela construção e venda dos dois prédios clandestinos que caíram na Muzema tiveram  prisão decretada pela Justiça nesta sexta-feira (19), mas não foram detidos até o momento e são considerados foragidos

Os procurados são José Bezerra de Lima, o  Zé do Rolo , Renato Siqueira Ribeiro e Rafael Gomes da Costa. Eles são acusados de homicídio com dolo eventual multiplicado 23 vezes, correspondendo ao número de mortos na tragédia da Muzema até o momento.

De acordo com a Polícia Civil,  Zé do Rolo teria construído os prédios enquanto os outros dois seriam corretores informais encarregados da venda dos imóveis. Eles foram reconhecidos por testemunhas ouvidas na 16ª DP. Já a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) investiga o envolvimento deles com a  milícia  .

A Polícia Civil investiga o envolvimento dos três com as milícias, que dominam a construção e venda de prédios irregulares nas comunidades, em solos frágeis e sem projetos de engenharia nem redes de água ou luz legalizadas, como na  Muzema.

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