Pazuello em ato ao lado de Bolsonaro
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Pazuello em ato ao lado de Bolsonaro

Políticos criticaram a  decisão do comando do Exército de não punir o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello pela participação em uma manifestação ao lado do presidente Jair Bolsonaro .

O vice-presidente Hamilton Mourão que, há uma semana, havia dito que a não punião de Pazuello poderia representar um risco de "anarquia" nas Forças Armadas preferiu não comentar o caso nesta quinta-feira (3).

Comentários como "atentado à democracia" e "vergonha" surgiram entre nomes públicos. Confira a repercussão da decisão do Exército entre políticos no Twitter, em ordem alfabética:

Alessandro Molon deputado federal:  "Ao decidir não punir Pazuello, o Exército erra e deixa margem para que outros atos de desrespeito a seu regulamento sejam praticados, colocando em risco seus pilares, a hierarquia e a disciplina. Exército é instituição de Estado, não de governo".

Erika Kokay, deputada federal: "Decisão do Exército de não punir Pazuello por participação em ato com Bolsonaro no Rio é exemplo cristalino do quanto os militares são base de sustentação do governo genocida. Vergonha!".

Fabio Trad, deputado federal: "Quem diria que o Exército de Duque de Caxias e Marechal Rondon fosse um dia se reduzir ao exército de um político de palanque chamado Eduardo Pazuello! Deprimente!".

Ivan Valente (PSOL-SP), deputado federal: "ATENTADO À DEMOCRACIA! Comando do Exército se curva ao fascista Bolsonaro e não vai punir Pazuello, mesmo ele desrespeitando o regulamento do Exército. Está instalada a anarquia militar e poder ao guarda da esquina. Impeachment já e povo na rua contra golpistas. Vergonha SRs Generais! COMANDO DO EXÉRCITO ao ñ punir Pazuello se torna cúmplice do genocidio de quase 500mil brasileir@s,faz genoflexão a Bolsonaro e aponta p/perpetuar o miliciano no poder.Ñ haverá nem ditadura nem AI-5.Abaixo privilégios de generais da cúpula.Fascistas não passarão.Povo na rua já!".

Marcelo Freixo, deputado federal:  "Gravíssimo o Exército não punir Pazuello, violando seu próprio Estatuto e o Código Penal Militar. As Forças Armadas, que deveriam agir como instituições de Estado, estão se desmoralizando diante da delinquência de Bolsonaro e estimulando a quebra da disciplina pela tropa".

Marcelo Ramos, vice-presidente da Câmara dos Deputados: "O Exército não decidiu arquivar a denúncia contra Pazuello. O Exército decidiu que agora militar pode participar de manifestações políticas como bem entender. Isso não será bom para uma instituição que tem o respeito do povo brasileiro."

Perpétua Almeida, deputada federal: "A sensação de que não se sabe mais onde termina o governo e começa o Exército, é o que pode acontecer de pior para esta Instituição e as demais Forças Armadas. “Quando a política entra por uma porta do quartel, a disciplina e a hierarquia saem pelas outras”, já dizia Vilas Boas".

Renan Calheiros, senador e relator da CPI da Covid: "Há diferença grande entre os movimentos sagazes da guerra: a retirada e a capitulação, que é a rendição ao inimigo. Quero crer que a decisão do comando do Exército é movimento de retirada, de recuo, não de capitulação. Tenho certeza de que os comandantes não vão se render na guerra pela democracia. É um movimento tático para poupar forças para a batalha final contra os golpistas e inimigos da Constituição."

Rodrigo Maia, deputado federal: "Está na hora da Câmara discutir a PEC da deputada Perpétua Almeida que veda aos militares da ativa a ocupação de cargo de natureza civil na administração pública. Já assinei meu apoiamento".

Simone Tebet, senadora: "Armas partidarizadas ou política armada são incompatíveis c/ democracia, eleições livres e periódicas. Não punir Pazuello abre precedente à insubordinação.Necessário comunicado das FFAA à Nação de que defendem a hierarquia, a disciplina, o respeito ao regulamento e à CONSTITUIÇÃO".

Veneziano Vital do Rêgo, senador: "É inaceitável que Pazuello não tenha sido punido. Até o vice-presidente Hamilton Mourão, general da reserva, defendeu a regra que veda participação de militares da ativa em atos políticos para ‘evitar que a anarquia se instaure’ dentro das Forças Armadas."

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