Em um ato relâmpago antes de cumprir 24 horas de mandato, o prefeito do Rio de Janeiro , Eduardo Paes (DEM), abriu quatro investigações contra o ex-prefeito Marcelo Crivella (Republicanos). Os dois foram adversários nas eleições municipais de 2020 e Crivella foi afastado do cargo antes do fim de sua gestão por suspeita de comandar um esquema de propinas na Prefeitura. Ele está preso desde 22 de dezembro.
Em dois decretos publicados no Diário Oficial do Rio de Janeiro nesta sexta-feira (1º), Paes determinou a criação de comissões de investigação sobre os casos do "QG da Propina", no qual Crivella teria arrecado mais de R$ 53 milhões , e dos "Guardiões do Crivella", que seriam funcionários que impediam o trabalho da imprensa da cobertura dos atendimentos precários em hospitais durante a pandemia da Covid-19.
Além da investigação desses dois casos, Paes abriu outras duas apurações. Uma para investigar "o cometimento de eventual irregularidade na aquisição de equipamentos e insumos de saúde não utilizados" e outra sobre "eventual irregularidade na execução das obras e contratações do Hospital de Campanha do Riocentro".
As quatro investigações serão conduzidas pela Secretaria Municipal de Governo e Integridade Pública, pela Procuradoria-Geral e pela Controladoria Geral do Município. Um relatório de investigação deve ser entregue em até 30 dias. Esse prazo pode ser prorrogado por igual período.