O candidato a prefeito do PSD em São Paulo, Andrea Matarazzo
, declarou nesta terça-feira voto no candidato à reeleição, Bruno Covas
(PSDB). Ele é o primeiro adversário do primeiro tuno a manifestar apoio ao prefeito. Covas ainda aguarda uma orientação pública de voto do PSD no segundo turno.
Matarazzo explicou que não participará da campanha de Covas. Ele terminou a disputa municipal em 8º lugar, com 82 mil votos. Covas enfrenta agora Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno.
"Com o Boulos não vamos ter plano diretor, nós vamos ter plano invasor", afirmou Matarazzo ao justificar sua escolha de voto no prefeito.
Boulos é conhecido por sua atuação no Movimento de Trabalhadores Sem-Teto (MTST) na cidade.
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Matarazzo fez no PSDB a maior parte da sua carreira política. Ele deixou o partido durante o processo de prévias que escolheu João Doria , atual governador, como candidato a prefeito de São Paulo.
Avanço sobre legendas conservadoras
De todos os candidatos conservadores que se apresentaram para a eleição na capital paulista, Matarazzo é o único que a campanha de Covas acreditava receber apoio . O ex-tucano telefonou no domingo à noite ao prefeito para parabenizá-lo pela vitória no primeiro turno.
Com Arthur do Val (Patriota) e Joice Hasselmann (PSL), 5º e 7º colocados nas urnas, Covas não tem expectativas nem interlocução até o momento. O embate feito por ambos contra o prefeito foi agressivo, na opinião de articuladores de Covas.
Ja os partidos deles estão na lista de potenciais apoiadores do tucano. O cálculo da campanha do prefeito é que, num embate contra um candidato da esquerda, as forças políticas de direita na cidade somente têm as alternativas de orientar voto nele ou ficar neutra.
O Republicanos , do candidato derrotado Celso Russomanno, está em conversas com Covas para definir apoio no segundo turno.
Covas tem desde o início da disputa a maior coligação partidária , com 11 legendas, o que lhe conferiu o maior tempo no horário eleitoral no primeiro turno. Os apoios recebidos no segundo turno já não trazem vantagens ao tucano nesse quesito, uma vez que, Boulos e Covas terão o mesmo espaço para expor suas propostas no rádio e TV.
Mas a adesão de novos partidos é estratégica para passar ao eleitor uma imagem bem-sucedida da campanha e, em alguns casos, reforçar o trabalho de captaçao de votos.