Na manhã desta terça-feira (17), um dia após o debate de tom mais moderado entre os candidato que passaram para o segundo turno das eleições municipais em São Paulo
, Bruno Covas
(PSDB) se manteve ameno mas permitiu que aliados fizessem ataques sem provas ao seu rival Guilherme Boulos
(PSOL). Covas foi buscar o apoio do Sindicato Nacional dos Aposentados, ligado à Força Sindical.
Covas se reuniu com os sindicalistas na sede da entidade em São Paulo, em busca dos votos dos quase 75 mil filiados da instituição. O ex-deputado federal Ricardo Tripoli (PSDB) participou da reunião e se encarregou de atacar Boulos.
"Bruno visitava os bailes da terceira idade com a avó dele, dona Lila Covas", já Boulos é "filho de pai rico, viveu de mesada a vida inteira, foi para a periferia, mas nunca foi da periferia. Ele tem boas roupas, vai a bons restaurantes", declarou o tucano sem apresentar provas , enquanto era ouvido pelo prefeito Bruno Covas.
"Todos os que estão no PSOL antes estavam no PT. "Estão fazendo uma lavagem de partido? O Lula está apoiando [Boulos], todo mundo está apoiando", disse. "Não dá para deixar." O adversário [de Covas] mata a mãe para ir ao baile de órfãos para poder entrar. Imagine a agressividade que esse sujeito tem", disparou Ricardo Tripoli, sem nenhuma intervenção de Covas.
Na noite de ontem (17), os dois candidatos protagonizaram um debate propositivo e de poucos ataques pessoais. Logo após o anúncio do segundo turno, Covas tentou encampar o discurso de radicalismo do candidato Guilherme Boulos. Durante o debate na CNN Brasil , o atual prefeito tentou ligar Boulos ao perfil radical, mas deixou de lado os ataques sem provas contra o oponente, na maior parte do tempo.