O ex-aliado da família Bolsonaro, o empresário Paulo Marinho (PSDB-RJ) afirmou em seu depoimento ao Ministério Público Federal (MPF) que o vazamento de informações da Polícia Federal (PF) para o então deputado estadual Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi combinado por telefone, segundo trecho do inquérito divulgado pela emissora Globo.
Três pessoas teria acertado com um delegado da PF por telefone sobre vazamento: o advogado Victor Granado, amigo de infância Flávio Bolsonaro ; Miguel Ângelo Braga, chefe do gabinte de Flávio; e Valdenice de Oliveira Meliga, ex-assessora de Flávio.
Após o contato por telefone, a informação da PF foi transmitida pessoalmente, segundo o ex-aliado. Paulo Marinho também relatou em seu depoimento que o vazamento ocorreu entre 4 e 14 de outubro – data nova, que ainda não havia sido citada.
Paulo Marinho alega que a PF vazou a Operação Furna da Onça para Flávio Bolsonaro antes que ela ocorresse. A operação investigou em 2018 desvio de recursos públicos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alrj) e tinha como alvo integrantes do gabinete de Flávio, então deputado estadual.