André Mendonça, ministro da Justiça e Segurança Pública
Isac Nóbrega/PR
André Mendonça, ministro da Justiça e Segurança Pública

O ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça , disse em entrevista coletiva nesta quarta-feira (10) que "não está na mesa" a divisão da pasta que ele comanda. "No futuro nós podemos avançar [nessa discussão], mas hoje não há essa perspectiva", afirmou Mendonça.

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Acompanhado do presidente do Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública, Cristiano Barbosa Sampaio, o ministro também disse que "não há minuta de MP (Medida Provisória) sobre a divisão do ministério". "Nós devemos sentar e dialogar sobre o tema, mas não gerar essa incerteza", completou ao destacar que está aberto para discutir o assunto.

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A divisão da pasta é desejo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que, quando ainda era presidente eleito, convidou Sergio Moro para comandar o ministério com o objetivo de fazê-lo se tornar um dos "superministros" de seu governo. Após suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal, porém,  Moro acabou pedindo demissão do cargo.

Questionado sobre onde seriam alocadas a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) caso a divisão do ministério se concretize, Mendonça foi evasivo na resposta e disse que as duas organizações continuariam a trabalhar de forma "independente da interferência de qualquer ator político".

O comentário do ministro se dá em meio a um série de comentários feitos pela deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) pelos quais ela é acusada de  receber antecipadamente informações sobre as operações da PF.

Uma das acusações é a de que a parlamentar soube de uma operação que teria como alvo o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC).

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