Advogado do família Bolsonaro, Frederick Wassef afirmou, nesta quarta-feira (20) em entrevista à CNN , que as alegações do empresário e político Paulo Marinho (PSDB-RJ) sobre suposto vazamento de operação da Polícia Federal (PF) para o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) são fantasia. Marinho é ex-aliado da família Bolsonaro.
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"Tentaram fantasiar um ato simples da exoneração de um funcionário", alegou o advogado, que defende que as demissões de Fabrício Queiroz e de sua filha Nathalia Queiroz foram "um ato absolutamente normal". Queiroz foi assessor do então deputado estadual Flávio Bolsonaro e Nathalia trabalhou no gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro , até outubro de 2018, quando ambos foram demetidos.
O empresário Paulo Marinho alega que Flávio recebeu, em outurbo de 2018, informações vazadas da PF sobre a operação Furna da Onça, que investigou em 2018 desvio de recursos públicos da Assembleia Legislativa do Rio e tinha como um dos seus alvos Queiroz . Ele diz que Fabrício e Nathalia foram demitidos dos gabinetes porque Flávio sabia da operação antes que ela fosse executada em novembro.
"Não existe vínculo entre a data em que tais ex-assessores foram mandados embora com qualquer ilação irresponsável que terceiros tentam fazer para novamente tentarem atacar a imagem do presidente da república e de seu filho", alega o advogado da família Bolsonaro .
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O advogado negou o possível vazamento da operação para o filho do presidente. "Jamais o senador Flávio teve qualquer informação privilegiada de qualquer operação em curso. Estamos tendo de novo o meu cliente vítima de Fake News e de situações inexistentes".
"Era fim de um mandato, era óbvio que todas as pessoas seriam exonerados. Não só Fabrício Queiroz , não só Nathalia Queiroz. Todos os funcionários foram exonerados", defendeu o advogado. Ambos, no entanto, foram demitidos no dia 15 de outubro, entre o primeiro e o segundo turno das eleições de 2018, alguns meses antes do término do mandato de de Flávio, que durou até o final de janeiro de 2020, e de Bolsonaro, que foi até o final de dezembro de 2019.
"Várias pessoas foram exoneradas em várias datas iguais. Não podemos transformar isso em prova ou verdade dogmática de que o suposto empresário está alegando ou tenha relação com o que ele alega. Não tem nada o que ver uma coisa com a outra", disse.
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"Não passa de uma campanha contra o senador e o presidente", alegou o advogado da família Bolsonaro .