O empresário e presidente estadual do PSDB-RJ, Paulo Marinho afirmou nesta segunda-feira (18) que tem provas que comprovam suas declarações sobre o suposto vazamento da Polícia Federal (PF) ao senador e filho do presidente Flávio Bolsonaro (Republicanos), divulgadas neste sábado (16) pela Folha de S. Paulo.
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“Tenho provas, tenho elementos que comprovam o relato que eu fiz. Já adianto que tudo que eu falei vou repetir durante depoimento à PF, rigorosamente igual”, disse Paulo Marinho à coluna de Andréia Sadi, da Globo. O empresário era aliado da família em 2018 e alega que o senador soube com antecedência da operação que mirou Fabrício Queiroz, um dos ex-assessores de Flávio Bolsonaro .
A Procuradoria-Geral da República deseja que Marinho, que também é pré-candidato à Prefeitura do Rio, deponha no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga supostas tentativas de interferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na PF.
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Após ser questionado pela Folha de S. Paulo sobre porque haveria interesse de Bolsonaro na Superintendência da PF do Rio , o empresário respondeu que "eu vou te contar uma história que nunca revelei antes porque não tinha razão para falar disso. Eu tenho até datas anotadas e vou ser bem preciso no relato que vou fazer, porque talvez ele explique a sua pergunta" e relatou as preocupações de Flávio sobre a investigação de Queiroz e o suposto vazamento de informações ao filho do presidente.
Flávio Boslonaro divulgou uma nota se defendendo, em que afirma que "o desespero de Paulo Marinho causa um pouco de pena. Preferiu virar as costas a quem lhe estendeu a mão. Trocou a família Bolsonaro por Dória e Witzel, parece ter sido tomado pela ambição".
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"É fácil entender esse tipo de ataque ao lembrar que ele, Paulo Marinho, tem interesse em me prejudicar, já que seria meu substituto no Senado. Ele sabe que jamais teria condições de ganhar nas urnas e tenta no tapetão. E por que somente agora inventa isso, às vésperas das eleições municipais em que ele se coloca como pré-candidato do PSDB à Prefeitura do Rio, e não à época em que ele diz terem acontecido os fatos, dois anos atrás? Sobre as estórias, não passam de invenção de alguém desesperado e sem votos", afirmou Flávio Bolsonaro , em nota.