O juiz Renan Chaves Carreira Machado, da 26ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte, revogou nesta segunda-feira (1º) a prisão temporária do assessor do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio , Mateus Von Rondon, alvo de operação da Polícia Federal que investiga desvios em recursos do fundo partidário por meio de candidaturas-laranja do PSL , partido do presidente Jair Bolsonaro.
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Preso na última quinta-feira (27), o assessor do ministro do Turismo era dono de uma empresa que recebeu pagamentos das campanhas eleitorais de candidatas-laranjas. A PF suspeita que não houve prestação de serviços e que os repasses eram desvios de recursos do fundo partidário, composto por dinheiro público.
O despacho do juiz foi em resposta ao pedido de revogação feito ainda na quinta-feira pelo advogado de Mateus Von Rondon , João Marcos Braga de Melo. Em seu despacho, o juiz entendeu que a prisão não se justificava mais porque Mateus prestou os esclarecimentos necessários à PF. O assessor, que estava detido na Superintendência da PF em Brasília, deve ser solto ainda na tarde desta segunda.
Na suspeita dos investigadores, o ministro Marcelo Álvaro Antonio, que preside o PSL de Minas, seria o articulador do esquema. Mulheres apresentariam candidaturas-laranjas com o objetivo de cumprir a cota mínima de candidatas femininas, mas sem concorrer efetivamente, e os recursos eram desviados por meio dos gastos de campanha, suspeitam os investigadores.
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A operação da PF foi batizada de Sufrágio Ostentação. A primeira fase havia sido deflagrado em abril e cumpriu buscas no diretório do PSL de Minas e em gráficas suspeitas de serem de fachada para receber os desvios das candidatas-laranja. Nesta segunda fase, a PF apreendeu telefones e computadores dos alvos, dentre eles Mateus Von Rondon, assessor do ministro do Turismo .