Um dos assessores especiais do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, foi preso na manhã desta quinta-feira (27), em Minas Gerais. Mateus Von Rondon Martins foi detido em decorrência da investigação da Polícia Federal (PF) sobre as supostas candidaturas de laranjas no PSL , partido do presidente Jair Bolsonaro.
Além do assessor do ministro do Turismo , foram detidos hoje outros dois homens ligados à campanha de Álvaro Antônio no estado. Roberto Silva Soares, popularmente conhecido como Robertinho, era um dos coordenadores da campanha do agora ministro; por sua vez, H aissander Souza de Paula, também já foi seu assessor. Os três foram alvos de mandados de prisão temporária.
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A PF deflagrou a operação apelidada de Sufrágio Ostentação, nas primeiras horas do dia, em Aimorés e Ipatinga, na Região do Vale do Rio Doce, e em Brasília. A ação da polícia nesta quinta cumpre mandados de busca e apreensão e de prisão temporária.
Eles são investigados pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral, emprego ilícito do fundo eleitoral e associação criminosa. A operação tem o objetivo de investigar candidaturas de laranjas , ou seja, mulheres que receberam uma grande quantidade de verbas e tiveram números insignificantes de votos.
Entre elas, está Zuleide Oliveira, que acusa o ministro do Turismo , Marcelo Álvaro Antônio, de ser o responsável pelo esquema em Minas Gerais. Na época, ele era presidente do partido no estado e teria direcionado dinheiro público de fundo eleitoral e partidário para empresas ligadas ao seu gabinete.
Na última segunda-feira (24), sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta mesma operação, em Minas Gerais, um deles na sede do partido do PSL em Belo Horizonte. A pedido da 26ª Zona Eleitoral de BH, a ação encampou ainda endereços localizados nos municípios de Contagem, Coronel Fabriciano, Ipatinga e Lagoa Santa. Também foram apreendidos documentos relativos à produção de material gráfico de campanhas eleitorais.
O que diz o Ministério do Turismo
Em nota enviada à redação do iG , o Ministério do Turismo adiantou apenas que não existe "qualquer relação" entre as investigações que resultaram nas prisões e as atividade do assessor do ministro na pasta.
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"É importante esclarecer que não há qualquer relação entre a investigação da Polícia Federal e as funções desempenhadas pelo assessor especial Mateus Von Rondon no Ministério do Turismo ", diz a nota divulgada sobre o assunto.