A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP) disse à Folha de S.Paulo que vai colocar o filósofo Olavo de Carvalho e o general Eduardo Villas Bôas em contato nesta quinta-feira (9). Os dois tem trocado farpas nesta semana, ampliando a crise entre olavistas e militares no governo.
Joice , que se autointitula "ministra da pacificação nacional" , afirmou que a briga não acrescenta nada e já deveria ter acabado. "Passou da hora de pacificar. Olavo e os militares são muito importantes para o governo. Ninguém ganha com essa briga”, defendeu.
O general Villas Bôas foi comandante do Exército Brasileiro entre 2015 e 2019. Atualmente, está na reserva e ocupa o cargo de assessor especial do ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Após as críticas do ideólogo aos militares, e principalmente ao ministro Santos Cruz (Secretaria de Governo), Villas Bôas chamou Olavo de "Trótski de direita" e afirmou que ele presta "enorme desserviço ao País".
O "guru intelectual" de Bolsonaro, por sua vez, rebateu e afirmou que o general estava sendo usado por outros militares. Olavo ainda chamou Villas Bôas de "doente preso a uma cadeira de rodas" , causando polêmica entre senadores e outros parlamentares. Ele sofre de uma doença degenerativa chamada esclerose lateral amiotrófica.
Além de Joice, o próprio Bolsonaro tentou colocar panos quentes na situação. "Não tenho nada a ver com general Villas Bôas . Ele é uma pessoa que eu respeito”, disse. Ele também reforçou seu apoio a Olavo de Carvalho : "continuo admirando Olavo".