Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) estreiam na propaganda eleitoral do 2º turno fazendo troca de acusações e com poucas propstas
Arquivo/Agência Brasil
Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) estreiam na propaganda eleitoral do 2º turno fazendo troca de acusações e com poucas propstas

A propaganda eleitoral gratuita retornou nesta sexta-feira (12) às cadeias de rádio e TV de todo Brasil para o 2º turno das eleições presidenciais e os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) aproveitaram o tempo que tiveram para trocar acusações.

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Nesse 2º turno, o tempo da propaganda eleitoral é dividido igualmente e cada candidato terá direito a cinco minutos, metade do bloco de dez, que será exibido duas vezes ao dia tanto no rádio quanto na televisão em horários de grande audiência.

Propaganda eleitoral de Jair Bolsonaro

Candidato do PSL, Jair Bolsonaro praticamente estreou na propaganda eleitoral neste segundo turno já que tinha menos de 10 segundos no 1º turno
Reprodução/Youtube
Candidato do PSL, Jair Bolsonaro praticamente estreou na propaganda eleitoral neste segundo turno já que tinha menos de 10 segundos no 1º turno

Praticamente estreante nas emissoras de rádio e televisão já que tinha menos de 10 segundo por programa no 1º turno, Jair Bolsonaro usou seu tempo para reforçar sua campanha "contra a ascensão do socialismo e do comunismo na América Latina".

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O programa eleitoral do PSL citou a criação do Foro de São Paulo, "o grupo liderado por Lula e Fidel Castro (ex-presidente de Cuba)" e divulgou um áudio do ex-presidente preso em Curitiba que diz "todos que participaram do Foro de São Paulo chegaram ao poder".

Na mesma linha, Bolsonaro afira que Cuba é o país mais atrasado do mundo e associa os governos do PT às crises na Venezuela. "Estamos à beira do abismo. Fizeram de Brasília um balcão de negócios e muitos estão presos", citou a locução do programa dizendo que o vermelho, cor do PT, "nunca foi a cor da esperança".

O programa de Bolsonaro também atacou diretamente Haddad que foi chamado de "boneco de Lula" e procurou se afastar da pecha de racista e machista  que o candidato carrega com o depoimento de uma mulher negra que diz "PT nunca mais. A nossa bandeira é verde e amarela".

Dessa forma, o programa eleitoral de Bolsonaro não citou nenhuma proposta da campanha do capitão reformado do Exército, fez uma breve biografia do candidato reforçando aspectos pessoais, reforçou o mote da campanha "Brasil acima de tudo e Deus acima de todos" e, por fim, repetiu um relato emocionado do candidato que "confessa" que fez uma reversão de vasectomia para que pudesse ter sua última filha, Laura. No passado, no entanto, Bolsonaro já tinha se referido à filha caçula, única mulher após quatro homens, como uma "fraquejada" .

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Propaganda Eleitoral de Fernando Haddad

Em primeira propaganda eleitoral gratuita no 2º turno, Fernando Haddad não faz citações à Lula e diminui presença da cor vermelha
Ricardo Stuckert
Em primeira propaganda eleitoral gratuita no 2º turno, Fernando Haddad não faz citações à Lula e diminui presença da cor vermelha

Já a propaganda eleitoral do PT, as citações ao ex-presidente Lula foram menores do que a do próprio adversário e começa dizendo que "a democracia está em risco". O programa, no entanto, afirma que o segundo turno "deveria ser de debate de propostas" e "foi transformado por seguidores de Bolsonaro em uma onda de violência".

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A inserção do PT alterna declarações do candidato do PSL de que iria "fuzilar a petralhada" , com vários relatos de violência associados a eleitores de Bolsonaro: como o  assassinato do mestre de capoeira e produtos cultural Môa do Katendê, em Salvador (BA), com 12 facadas, após defender o voto do PT; o  ataque a golpes de garrafas e chutes por apoiadores do candidato à presidência a um jovem universitário de 27 anos que utilizada um boné do Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Curitiba (PR); e agressão de uma jovem de 19 anos por três homens apoiadores de Bolsonaro que fizeram uma suástica com um estilete na pele da vítima  que usava uma camiseta com a estampa "#Elenão", em Porto Alegre (RS).

Na sequência, Fernando Haddad repete que seu sonho é oferecer aos brasileiros ao menos uma oportunidade, com educação e emprego "um livro em uma mão e uma carteira assinada na outra".

O programa também ressalta aspectos pessoais da vida do candidato e afirma que, ao contrário de Bolsonaro, que está no terceiro casamento, Haddad está casado com sua esposa Ana Estela há 30 anos e tem dois filhos, "Frederico e Carolina, que são duas bençãos para nós". O locutor, no entanto, também fala sobre a vida pública de Haddad e cita que ele foi ministro da educação, antes de citar propostas do candidato como o programa "Meu Emprego de Novo", a retomada da valorização do salário mínimo e a criação do ensino médio federal através da adoção de uma escola de ensino médio estadual por parte de uma escola técnica federal.

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Por fim, Haddad afirma na propaganda eleitoral que quer conversar com o eleitor "mesmo que você tenha votado em outro candidato no 1º turno" e diz que é hora de "olhar para frente" e que essa frente "essa campanha não é de um partido, é dos que querem mudar para melhor o nosso País (...) Vamos nos unir, a hora é agora. Quero contar com todos que são a favor da democracia e dos direitos do povo", encerrou.

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