Operação policial no Jacarezinho
Reprodução/ TV Globo
Operação policial no Jacarezinho


Dois policiais civis se tornaram réus no processo sobre a operação policial ocorrida na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, em maio deste ano. Um deles, Douglas de Lucena Peixoto Siqueira, responde pelo homicídio doloso de um rapaz e por fraude processual. Já o agente Anderson Silveira Pereira é acusado de ter cometido o segundo crime.


Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a denúncia contra eles foi a  primeira a ser oferecida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) no âmbito da investigação sobre a operação que culminou na morte de 27 civis e um policial militar . À frente do caso, a juíza Elizabeth Louro, da 2ª Vara Criminal, determinou que a Polícia Civil interrompa as investigações em curso e encaminhe todos os documentos relacionados para a Justiça. Os agentes, que integram a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), braço operacional da Polícia Civil, ainda foram proibidos de participar de operações policiais e de ter contato com pessoas que morem na comunidade.



O advogado deles, Gabriel Habib, disse em nota que "será comprovado no curso do processo que a morte de Omar foi decorrente de anterior intensa troca de tiros entre policiais de um lado e os traficantes armados com pistolas, fuzis e granadas". Ele se refere a Omar Pereira da Silva, de 21 anos. O jovem foi morto no interior de uma casa e, de acordo com a denúncia, estava encurralado, desarmado e já baleado no pé, escondido dentro do quarto de uma criança.


A acusação aponta que o policial responsável pelo disparo e outro agente retiraram o cadáver do local antes da realização da perícia de local de morte violenta.  Além disso, conforme relata o jornal, eles teriam inserido uma granada no local do crime e, posteriormente, informado falsamente que encontraram um carregador e uma pistola com a vítima .

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