
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, agradeceu nesta segunda-feira (13) ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por ajudar a intermediar o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
"Há tempos de paz e tempos de guerra. Os dois últimos anos foram tempos de guerra, mas agora entramos em tempos de paz. Dentro e fora de Israel" , declarou Netanyahu em cerimônia no Parlamento israelense, em Jerusalém, horas após o Hamas libertar os primeiros 20 reféns israelenses mantidos em cativeiro durante o conflito.
"Todas as nossas pessoas vivas voltaram para casa. Que alegria. Esperamos muito tempo por isso, e estamos comprometidos com a paz" , declarou.
Segundo ele, a libertação inicial de 20 reféns representa o começo de um processo que pode envolver até 100 pessoas. Ele acrescentou que forças especiais israelenses já conseguiram resgatar oito reféns com vida em operações anteriores.
"Prometi trazer todos os reféns de volta, e hoje, com a ajuda indispensável do presidente Donald Trump e com os sacrifícios incríveis de nossos soldados, estamos cumprindo essa promessa" , disse.
Mais cedo, neste domingo (12), Netanyahu havia afirmado que a guerra Gaza ainda não havia terminado. No entanto, seu tom mudou após Trump declarar, ao chegar ao Parlamento israelense, que "a guerra acabou".
O presidente dos Estados Unidos reiterou o fim da guerra durante seu discurso, e adicionou que o Hamas aceitou se desarmar para evitar novos confrontos na região.
"O maior amigo de Israel", diz Netanyahu sobre Trump
O premiê adicionou que o magnata é o "maior amigo" que Israel já teve na Casa Branca. "Nenhum presidente americano fez mais por Israel do que Donald Trump. Nenhum chegou sequer perto disso", reforçou.
Netanyahu destacou que Trump foi o responsável por reconhecer Jerusalém como capital de Israel e transferir a embaixada dos Estados Unidos de Tel Aviv para a cidade. Ele também mencionou o reconhecimento americano da soberania israelense sobre as Colinas de Golã e os Acordos de Abraão, que estabeleceram relações diplomáticas entre Israel e diversos países árabes.
"Trump trouxe a maior parte do mundo árabe para perto de Israel e fez algo que ninguém acreditava ser possível. Ele mudou o mundo de maneira decisiva e rápida", afirmou.
"Muito obrigado por tudo que fez por nós. Eu submeti a sua indicação para ser a primeira pessoa não israelense a receber o maior prêmio de Israel", disse Netanyahu, defendendo que o norte-americano seja indicado ao Nobel da Paz de 2026.
O premiê israelense reiterou que Israel vai seguir "vigilante" em sua defesa, mas disposto a ampliar os acordos de paz na região. Ele afirmou que pretende "caminhar ao lado de Trump" na manutenção dos Acordos de Abraão e na busca por novos entendimentos com países árabes e muçulmanos.
"A fundação da paz é a força. Só através da força podemos garantir a segurança e a liberdade do nosso povo. Ninguém quer mais a paz do que o povo de Israel", afirmou.