As Forças de Defesa de Israel ( IDF ) acusaram nesta quinta-feira (24) a rede de mídia Al Jazeera de colaborar com o Hamas e a Jihad Islâmica . A acusação inclui a divulgação de documentos que, segundo o órgão israelense, mostram instruções do grupo terrorista ao veículo de comunicação sobre como encobrir certos incidentes relacionados ao conflito.
"O Hamas direciona a cobertura de mídia da Al Jazeera para servir aos seus próprios interesses, impedindo que o público em Gaza e ao redor do mundo descubra a verdade sobre seus crimes contra civis de Gaza. Pense duas vezes antes de usar a Al Jazeera como uma fonte 'confiável'", escreveram as IDF na rede social X.
Além disso, seis jornalistas da rede foram acusados de agir como agentes do Hamas e da Jihad Islâmica.
Em resposta, a Al Jazeera negou categoricamente as acusações, classificando-as como "fabricadas" e parte de uma "tentativa de silenciar jornalistas". A rede também declarou que sua missão é informar o público sobre as realidades da guerra, sem tomar partido.
O canal condenou as ações de Israel contra seus jornalistas e afirmou que está sendo alvo de uma campanha de difamação.
Antes das novas acusações, os cartões de imprensa dos jornalistas da Al Jazeera já tinham sido revogados em Israel, e o governo israelense aprovou, em maio deste ano, uma lei que permite retirar o canal do ar no país.
Essa legislação foi justificada pelas autoridades israelenses como uma medida de segurança, alegando que a rede estaria servindo aos interesses de grupos militantes.
Documentos
A divulgação de documentos pelas IDF inclui supostos e-mails, mensagens de texto e relatórios que, de acordo com os militares israelenses, provam a colaboração entre a Al Jazeera e o Hamas.
As IDF afirmaram que esses documentos foram obtidos em operações militares na Faixa de Gaza. Os israelenses acusaram o canal de comunicação de propagar a ideologia do Hamas contra Israel.
Jornalistas têm ligações com Hamas, diz Israel
Anas Jamal Mahmoud Al-Sharif, Alaa Abdul Aziz Muhammad Salama, Hossam Basel Abdul Karim Shabat, Ashraf Sami Ashour Saraj, Ismail Farid Muhammad Abu Omar e Talal Mahmoud Abdul Rahman Aruki foram os jornalistas citados na denúncia feita por Israel.
"Esses documentos são a prova do envolvimento dos terroristas do Hamas na rede de mídia do Catar, Al-Jazeera”, declarou as Forças de Defesa do país.
As IDF relataram que Al-Sharif chefiou um esquadrão de lançamento de foguetes e integrou uma empresa da Força Nukhba no Batalhação Nuseirat do Hamas, enquanto Salameh foi vice-chefe da unidade de propaganda do Batalhação Shaboura na Jihad Islâmica.
Shabat teria sido franco-atirador no Batalhão Beit Hanoun do grupo terrorista, e Al-Sarrai foi membro da Jihad Islâmica. Por fim, Al-Arrouqi foi comandante de equipe no Batalhação de Nuseirat do Hamas, conforme declararam as forças israelenses.
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