Carro é visto em uma rua inundada depois que o furacão Helene atingiu a costa em Atlanta, Geórgia, em 27 de setembro de 2024.
RICHARD PIERRIN / AFP
Carro é visto em uma rua inundada depois que o furacão Helene atingiu a costa em Atlanta, Geórgia, em 27 de setembro de 2024.

O número de  mortes após a passagem do furacão Helene pelos Estados Unidos subiu para pelo menos 116  nesta segunda-feira (30). Desses, 30 mortes foram registradas em um único condado na Carolina do Norte . As autoridades informam que as equipes de resgate estão trabalhando para ajudar as pessoas afetadas no sudeste do país.

A tempestade causou danos em vários estados, incluindo Flórida, Geórgia, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Tennessee e Virgínia. Os ventos fortes e as chuvas intensas destruíram cidades, inundaram estradas e deixaram milhões sem eletricidade.

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De acordo com relatórios, as mortes foram distribuídas da seguinte forma: 37 na Carolina do Norte, 25 na Carolina do Sul, 17 na Geórgia, 11 na Flórida, duas no Tennessee e uma na Virgínia. No condado de Buncombe, na Carolina do Norte, o xerife Quentin Miller confirmou 30 óbitos.

"Continuamos realizando operações de busca e sabemos que também podem incluir operações de recuperação (de corpos)", acrescentou.

Helene tocou o solo na tarde de quinta-feira perto de Tallahassee, na Flórida, como um furacão de categoria 4, com ventos de 225 km/h. Depois, tornou-se um ciclone pós-tropical, mas ainda causou inundações graves e o fechamento de centenas de estradas, além do colapso de pontes. Deanne Criswell, da FEMA (Agência Federal de Gestão de Emergências), destacou danos em infraestruturas de água e comunicações, além de várias casas destruídas.

"Estamos ouvindo sobre fortes danos em infraestruturas de abastecimento de água, comunicações, estradas, rotas essenciais, assim como várias casas destruídas", disse Deanne Criswell.

O presidente Joe Biden visitará as áreas mais afetadas no final da semana. Ele conversou com os governadores da Geórgia e da Carolina do Norte, pedindo à FEMA que avaliasse como acelerar o apoio às comunidades isoladas.

A vice-presidente Kamala Harris, durante um evento em Las Vegas, afirmou que o governo estará presente nas comunidades afetadas para ajudar na recuperação.

"Estaremos com essas comunidades o tempo que for necessário para garantir que elas possam se recuperar e reconstruir", disse a vice-presidente democrata Kamala Harris durante um comício de campanha em Las Vegas.

Milhões sem energia

Quase 2,2 milhões de clientes ainda estavam sem eletricidade devido ao furacão, segundo o site poweroutage.us.

Matt Targuagno, do Departamento de Energia dos EUA, disse que as equipes estão trabalhando para restaurar a energia, mas o processo pode levar vários dias. Alertas de inundações repentinas estavam ativos na Carolina do Norte, devido ao risco de rompimento de barragens. Espera-se que o tempo melhore na terça-feira.

Milhares de pessoas ainda buscavam abrigo em centros da Cruz Vermelha. Na Carolina do Norte, o governador Roy Cooper informou que as equipes de resgate começaram a enviar suprimentos por via aérea, devido à dificuldade de acesso por terra.

"Como é tão difícil acessar por terra com caminhões, começamos ontem a transportar suprimentos aéreos para a região, incluindo alimentos e água", explicou.

O diretor de gestão de emergências do estado, William Ray, alertou sobre as condições perigosas.

Quatro rodovias interestaduais permanecem fechadas na Carolina do Norte e no Tennessee, e mais de 100 estradas foram fechadas na Geórgia, Carolina do Norte e Carolina do Sul. Na cidade de Valdosta, na Geórgia, a tempestade removeu telhados e provocou bloqueio de ruas por árvores e postes caídos.

"O vento começou a soprar muito forte, arrancou galhos e pedaços de telhado batiam nas laterais do prédio e nas janelas", relatou Steven Mauro, morador da área, à AFP.

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