Os Houthis , grupo rebelde do Iêmen , dispararam um míssil contra o centro de Israel na manhã deste domingo (15), algo raro no território do país desde o início da guerra na Faixa de Gaza .
Aliados do Hamas , os rebeldes do Iêmen assumiram a autoria do ataque. Segundo eles, duas milhões de pessoas precisaram evacuar a área. Ninguém ficou ferido.
O projétil atravessou o território israelense e caiu em uma área aberta no centro de Israel , sem relatos de feridos, segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI). De acordo com as autoridades, os sons de explosão ouvidos na área são de interceptações militares israelenses.
Autoria do ataque
O porta-voz militar dos Houthis confirmou o ataque em uma declaração em vídeo neste domingo, alegando que o grupo usou um “novo míssil balístico hipersônico” em um ataque contra o território israelense. Segundo ele, Israel não conseguiu interceptar o míssil, que percorreu aproximadamente 2 mil quilômetros em cerca de 11 minutos. O comunicado também diz que “mais de dois milhões de sionistas correram para abrigos pela primeira vez na história do nosso inimigo”.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que os rebeldes pagarão um preço alto pelo ataque. Declarou também que fará o possível para que os evacuados voltem às suas casas.
Ainda na manhã deste domingo, aproximadamente 40 projéteis foram lançados do Líbano contra a região norte de Israel, alguns deles interceptados e outros caindo em áreas abertas, conforme as FDI. Não houve relatos de feridos e as autoridades estão apagando incêndios causados pelos projéteis caídos.
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Os militares acrescentaram que um drone explosivo atravessou do Líbano para a cidade de Metula, no norte, embora nenhum dano tenha sido causado.
Tensão no Oriente M édio
As tensões entre Israel, Iêmen e Líbano têm aumentado nos últimos meses, ao mesmo tempo em que os israelenses travam guerra contra o Hamas, em Gaza. Os líderes mundiais têm alertado para a possibilidade de um conflito mais amplo no Oriente Médio.
Os ataques do grupo Houthis, apoiado pelo Irã, que controla as regiões mais populosas do Iêmen, têm sido regularmente à Israel, utilizando drones e mísseis desde o início do conflito em Gaza no ano passado. A maioria deles foi interceptada pelas defesas de Israel ou dos seus aliados.
Outros ataques
Em julho deste ano, os Houthies realizaram um ataque de drones mortal em Tel Aviv, o centro comercial de Israel. O país revidou no dia seguinte com ataques aéreos mortais em um porto do Iêmen.
O grupo rebelde Hezbollah, apoiado pelo Irã, no Líbano, lançou foguetes e drones contra instalações militares israelenses no norte do país. O ataque aconteceu no sábado (14). As novas investidas acendem um alerta para uma possível nova frente no conflito, que já ameaça se espalhar por toda a região.
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