Palestinos rezam diante de corpos de pessoas que morreram em bombardeios israelenses, em Deir al Balah, centro da Faixa de Gaza, em 7 de setembro de 2024
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Palestinos rezam diante de corpos de pessoas que morreram em bombardeios israelenses, em Deir al Balah, centro da Faixa de Gaza, em 7 de setembro de 2024
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A guerra entre Israel e o Hamas em Gaza completa 11 meses neste s�bado (7), sem sinais de um acordo de tr�gua, que permitiria o fim dos bombardeios israelenses e a liberta��o dos ref�ns sob poder do movimento islamista palestino.

Os pa�ses mediadores, Estados Unidos, Catar e Egito, tentam obter h� v�rios meses um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Mas as possibilidades de acordo diminu�ram nas �ltimas semanas porque as partes n�o cedem em suas posi��es.

O Hamas, que governa Gaza e cujo ataque de 7 de outubro no sul de Israel desencadeou a guerra, exige que a retirada completa do Ex�rcito israelense do territ�rio palestino.

Mas o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, insiste que as tropas do pa�s devem permanecer no "corredor Filad�lfia", na fronteira entre Gaza e Egito.

"Onze meses. Chega. Ningu�m aguenta isto por mais tempo. A humanidade deve prevalecer. Cessar-fogo agora", escreveu na rede social X o diretor da Ag�ncia das Na��es Unidas de Assist�ncia aos Refugiados da Palestina (UNRWA), Philippe Lazzarini.

A press�o internacional pelo fim da guerra aumentou na sexta-feira, ap�s a morte de uma ativista turco-americana na Cisjord�nia ocupada.

Aysenur Ezgi Eygi, 26 anos, morreu ao ser atingida por tiros das for�as israelenses quando participava em um protesto contra a coloniza��o judaica em Beita, perto de Nablus, no norte do territ�rio palestino ocupado por Israel desde 1967.

"Aysenur defendia pacificamente a justi�a quando foi assassinada a tiros", lamentou a fam�lia da jovem em um comunicado, no qual tamb�m exigem uma "investiga��o independente".

"Pedimos ao presidente (Joe) Biden, � vice-presidente (Kamala) Harris e ao secret�rio de Estado (Antony) Blinken que ordenem uma investiga��o independente sobre o assassinato injusto de uma cidad� americana e que garantam que os respons�veis sejam plenamente responsabilizados", afirma a nota.

O Ex�rcito israelense afirmou na sexta-feira que os soldados do setor de Beita "responderam atirando na dire��o do principal instigador da viol�ncia, que havia atirado pedras e representava uma amea�a".

Tamb�m indicou que estava "examinando informa��es de que uma cidad� estrangeira teria sido morta em consequ�ncia dos tiros efetuados na �rea".

Washington, principal aliado de Israel, exigiu uma investiga��o. Mas a fam�lia considera que "diante das circunst�ncias (...) da morte de Aysenur, uma investiga��o israelense n�o � suficiente".

As for�as israelenses iniciaram em 28 de agosto uma opera��o em larga escala na Cisjord�nia, donde a viol�ncia aumentou desde o in�cio da guerra em Gaza.

- "Aterrorizados" -

O conflito em Gaza come�ou em 7 de outubro, quando um ataque de combatentes do Hamas em Israel deixou 1.205 mortos, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em n�meros oficiais israelenses.

Al�m disso, os milicianos islamistas sequestraram 251 pessoas, das quais 97 continuam em cativeiro em Gaza e 33 morreram, segundo o Ex�rcito israelense.

Em resposta ao ataque, Israel prometeu destruir o Hamas e iniciou uma vasta ofensiva de repres�lia com bombardeios que j� causou 40.939 mortes no territ�rio palestino, segundo o Minist�rio da Sa�de da Faixa de Gaza.

Israel, Estados Unidos e Uni�o Europeia consideram o Hamas uma organiza��o "terrorista".

A guerra em Gaza devastou o territ�rio estreito cercado por Israel e sua popula��o, de 2,4 milh�es de habitantes antes do conflito, enfrenta uma crise humanit�ria sem precedentes.

V�rios bombardeios sacudiram o territ�rio palestino na manh� de s�bado, segundo correspondentes da AFP. Os ataques atingiram Jabaliya e a Cidade de Gaza, no norte, assim como Nuseirat e Bureij, no centro, informaram testemunhas e os servi�os de resgate.

Uma tenda montada na escola Halima Al-Saadiya, em Jabaliya, foi atingida por um bombardeio, segundo testemunhas.

"A escola abriga entre 3.000 e 3.500 pessoas. Est�vamos dormindo quando, de repente, um m�ssil caiu sobre n�s. Acordamos aterrorizados. Encontramos m�rtires, incluindo mulheres e crian�as", disse Ahmed Abd Rabbo.

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