Manifestantes protestam nesta quarta-feira (18) em Beirute, capital do Líbano, perto da embaixada dos Estados Unidos. De acordo com a rede de televisão Al Jazeera, "cenas tensas" têm tomado conta da cidade, e as forças libanesas usam canhões de água para tentar conter os manifestantes. Ao menos outros sete países registraram manifestações.
O grupo libânes xiita Hezbollah
convocou protestos contra o ataque ao hospital
na Faixa de Gaza nesta terça-feira (17), e disse que hoje seria um dia de "ira sem precedentes" contra Israel.
Os protestos acontecem enquanto o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, visita Tel Aviv, em Israel, onde presta apoio ao país. Mais cedo, Biden disse ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que acredita na versão do país sobre o ataque ao hospital na Faixa de Gaza - Israel acusa a Jihad Islâmica.
Além disso, o exército de Israel disparou contra alvos no sul do Líbano em resposta a um ataque a postos na fronteira.
Protestos tomam conta do Oriente Médio
Além do Líbano, a imprensa local já noticia uma onda de protestos em várias partes do Oriente Médio. Manifestantes saíram às ruas com bandeiras da Palestina em pelo menos oito países para se posicionarem contra o ataque ao hospital em Gaza, que deixou ao menos 470 mortos.
A Al Jazeera reporta que, no Irã, centenas de pessoas se reuniram em frente às embaixadas britânica e francesa na capital Teerã e atiraram ovos nos edifícios. Além disso, milhares se reuniram na Praça Palestina, no centro da cidade.
Na Jordânia, dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas em todo o país, com grande concentração em frente às embaixadas dos Estados Unidos e de Israel na capital Amã.
Em Tunes, capital da Tunísia, os protestos aconteceram em frente à embaixada francesa. Segundo a AFP, os manifestantes gritaram que "os franceses e os americanos são aliados dos sionistas" e apelaram por "nenhuma embaixada americana em território tunisiano".
Em Ramallah, na Cisjordânia (território palestino ocupado por Israel), centenas de palestinos foram às ruas. Manifestações também foram registradas na Líbia, Iêmen e Marrocos.