O grupo libânes xiita Hezbollah
disse que esta quarta-feira (18) será um dia de "ira sem precedentes" contra Israel, após a explosão a um hospital e uma escola em Gaza, que deixou centenas de mortos nessa terça (17).
O grupo convocou protestos e afirmou que as "denúncias já não são suficientes" após o ataque à instituição. Ainda ontem, o Hamas acusou Israel da explosão ao hospital, mas o país negou e disse que a instituição foi atingida por um foguete do grupo extremista Jihad Islâmica.
O Hezbollah, no entanto, também culpa Israel pelo ataque. "Que amanhã, quarta-feira, seja um dia de ira sem precedentes contra o inimigo e seus crimes, e contra a visita de Biden [presidente dos Estados Unidos] à entidade sionista para cobri-la e protegê-la", afirmou o Hezbollah em comunicado nessa terça, criticando a visita de Biden ao território israelense.
"Todas as declarações de condenação e denúncias não são mais suficientes, e conclamamos o povo de nossa nação árabe e islâmica a agir imediatamente nas ruas e praças para expressar sua intensa raiva e pressionar os governos", continuou.
O grupo também acusou os EUA de serem "direta e totalmente" responsáveis pelo ocorrido, assim como pelos demais acontecimentos, que se referiu como "crimes do Estado judeu".
Israel nega acusações
Após acusações do Hamas e do Hezbollah, Israel
negou ter sido o autor do ataque ao Hospital Batista Al-Ahly Arab, o mais antigo da região, fundado em 1882 e localizado no centro da cidade de Gaza.
Nesta quarta (18), militares israelenses acusaram o grupo extremista islâmico Hamas de inflar o número de vítimas da explosão e divulgaram imagens aéreas da região do hospital antes e depois do ataque, afirmando que não há sinais visíveis de crateras ou danos significativos nos prédios ao redor.