Hospital é bombardeado na Faixa de Gaza
Reprodução/Hassan Aslih
Hospital é bombardeado na Faixa de Gaza

Uma escola e um hospital na  Faixa de Gaza estão entre os locais atingidos por ataques aéreos que causaram centenas de mortes nesta terça-feira (17), à medida que aumentavam as  preocupações humanitárias com a contínua privação de alimentos, combustível e eletricidade para a população isolada. Segundo o Ministério da Saúde palestino, já são pelo menos 500 mortos, além de centenas sob os escombros do hospital Hospital Batista Al-Ahly Arab, o mais antigo da região, fundado em 1882 e que fica localizado no centro da cidade de Gaza.

Segundo o Exército Israelense, a explosão no hospital em Gaza aconteceu após o lançamento falho de um foguete da Jihad Islâmica, e defendeu que não tem nenhuma ligação com o episódio. Segundo o governo palestino, o ataque teria sido feito por Israel. A maioria das vítimas é composta por crianças e mulheres.

O momento foi registrado em vídeo, e permite observar o lançamento de foguete, que é interceptado no ar e se desfaz em estilhaços.

Depois disso, são vistas 2 explosões: sendo a maior delas no hospital. Veja:

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, anunciou três dias de luto , conforme relatado pela agência oficial Wafa. Facções políticas também convocaram o fechamento de estabelecimentos como forma de protesto.

A Faixa de Gaza é alvo de Israel desde o começo dos ataques do Hamas, em 7 de outubro. A ação deixou mais de 1,4 mil mortos, em sua maioria civis.  Enquanto isso, os hospitais enfrentam dificuldades para atender os feridos em todo o território, operando com escassez de eletricidade e água.

Hamas culpa Israel e cita crimes de guerra

"Um novo crime de guerra cometido pela ocupação no bombardeio do Hospital Árabe al-Ahli, no centro da Cidade de Gaza, resultando na chegada de dezenas de mártires e feridos ao Complexo Médico Al-Shifa devido ao bombardeio. Deve-se notar que o hospital abrigou centenas de pacientes, feridos e pessoas deslocadas de suas casas à força devido aos ataques aéreos", diz o grupo terrorista Hamas em comunciado no Telegram.

A agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA) afirmou também nesta terça que Israel continua a promover ataques aéreos na parte sul da Faixa de Gaza, para onde mandou as pessoas fugirem.

"Os pesados ​​bombardeamentos das Forças Israelenses, aéreos, marítimos e terrestres, continuaram.  As Forças Aéreas Israelenses continuaram a atacar também em Khan Younis e outras áreas do sul, apesar da diretriz para que as pessoas em Gaza se deslocassem para o sul", informa relatório da UNRWA.

Avião da FAB leva água e medicamentos

Uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) chegou na Itália nesta manhã com purificadores de água e kits de medicamentos que serão destinados à Faixa de Gaza. O avião, que fará mais uma leva de repatriação de brasileiros, também levou duas psicólogas, um médico, uma enfermeira e uma técnica de enfermagem da FAB para apoiar os brasileiros que voltarão, sobretudo em relação à saúde mental.

Dentre os itens que serão enviados para a Faixa de Gaza, o governo brasileiro enviou 35 purificadores de água e dois kits de medicamentos e insumos de saúde, suficientes para atender até 3 mil pessoas ao longo de um mês. Outros cinco purificadores tinham sido enviados anteriormente à Roma.

Da Itália, os itens seguirão para o Egito, de onde devem entrar em Gaza por terra quando a ajuda humanitária for liberada. Atualmente, a Faixa de Gaza vive falta de água, alimentos, medicamentos e energia por conta do cerco total imposto por Israel. Os 40 purificadores enviados pelo governo brasileiro têm capacidade para tratar mais de 220 mil litros de água por dia. Já os kits de assistência contam com medicamentos e insumos, como anti-inflamatórios, analgésicos, antibióticos, luvas e seringas. São 48 itens em cada kit, somando 267 quilos de materiais.

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