Para os EUA, a aliança com países vizinhos é chave para a ajuda humanitária
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Para os EUA, a aliança com países vizinhos é chave para a ajuda humanitária

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reiterou que o país está fazendo o possível para aliviar as consequências humanitárias da guerra entre Israel e o grupo Hamas. 

O líder afirmou que o país "está trabalhando com os governos de Israel, Egito, Jordânia - e com a ONU - para aumentar o suporte e facilitar as consequências humanitárias do ataque do Hamas, criando condições necessárias para aumentar o fluxo de ajuda, e advogar a obediências às leis da guerra".

As participação dos países fronteiriços é importante, uma vez que, além da ajuda, também podem abrigar refugiados. O Egito já aceitou receber os brasileiros que estão saindo da Faixa de Gaza

Duramente criticada por Israel, a ação humanitária da ONU na faixa de Gaza alerta para os efeitos da imigração em massa de refugiados e também para os efeitos potencialmente catastróficos do corte de energia e água na região , ação feita por Israel. 

A preocupação do governo norte-americano se estende aos reféns norte-americanos. Ontem, Biden falou com as famílias de membros que ainda não foram localizados após os ataques iniciados no último sábado (07), se comprometendo pessoalmente a salvá-los. Israel afirmou hoje que há cerca de 120 reféns israelenses e de outras nações no território de Gaza , pessoas que estão sendo usadas como escudos humanos.

O político também expressou a sua preocupação com a segurança interna dos Estados Unidos. "Eu e o vice-presidente conversamos com os nossos times de segurança nacional para discutir os próximos passos para proteger nossa terra, incluindo comunidades judias, árabes e muçulmanas, após os ataques em Israel", afirmou Biden. 

Como exemplo do perigo da escalada de ataques terroristas internos, a França sofreu ontem um atentado em um colégio no interior do país, ação que causou a morte de um professor e de alunos . Hoje, uma ameaça de bomba no Louvre causou o fechamento do museu

A despeito do "apoio inabalável a Israel" (palavras do presidente Biden), o governo dos EUA tem evitado polêmicas em seus discursos. Um documento que recomenda que os diplomatas norte-americanos evitem determinados termos  foi trazido a público ontem. Dois deles são desescalada e cessar-fogo , acompanhados de "fim da violência e derramamento de sangue" e "restaurar a calma".

Reunião do conselho de segurança da ONU acaba em impasse

Ontem, a segunda reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o conflito não chegou à solução diplomática da guerra . Presidida pelo o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, a sessão discutiu a questão humanitária. 

“O Conselho tem uma responsabilidade crucial, tanto na resposta imediata aos acontecimentos da crise humanitária do momento, assim como nos estágios futuros, ao intensificar as relações multilaterais necessárias para restaurar um processo de paz. Nem os israelenses, nem os palestinos deveriam passar por sofrimentos semelhantes outra vez”, declarou Vieira, que reforçou que “o objetivo imediato é claro e urgente: prevenir mais derramamento de sangue e perda de vidas e tentar garantir acesso humanitário urgente para as áreas mais atingidas”.

Mas reforçou também que o Brasil recebeu com preocupação a ordem israelense de evacuação da Faixa de Gaza , criticada abertamente pela ONU  e instituições que trabalham para a organização.

Por outro lado, o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, discursou sobre a crítica feita pela organização. Além de rebater a questão, o representante afirmou que a ajuda humanitária e a inação local da organização alimentou o Hamas . A posição não impediu que organismos e outros países redobrassem seus esforços no auxílio da população civil.  Hoje, a União Europeia triplicou a ajuda humanitária na Faixa de Gaza


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