Faixa de Gaza está cercada por Israel
Reprodução/ONU
Faixa de Gaza está cercada por Israel

Mais de dois milhões de pessoas estão correndo risco na Faixa de Gaza por conta do esgotamento de água, alertou neste sábado (14) a agência da ONU para refugiados da Palestina (UNRWA). Segundo o órgão, a região enfrenta escassez de água por conta do bloqueio de eletricidade imposto por Israel , que impede o funcionamento de estações de tratamento de água.

"É uma questão de vida ou morte. É uma obrigação: combustível precisa ser entregue agora em Gaza para disponibilizar água a dois milhões de pessoas", afirmou em comunicado Philippe Lazzarini, Comissário-Geral da UNRWA.

Desde a última segunda-feira (9), o abastecimento de água potável na Faixa de Gaza por Israel foi cortado, causando escassez a mais de 650 mil pessoas. Mais tarde, na quarta-feira (11), quando a eletricidade foi interrompida na região, três estações de dessalinização de água, que antes produziam 21 milhões de litros de água potável por dia, tiveram que interromper suas operações.

O cerco imposto por Israel à Faixa de Gaza teve início após o Hamas invadir o território israelense no último sábado (7), na maior ofensiva dos últimos anos. Na ocasião, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou guerra  contra o grupo, que controla Gaza. 

Com o esgotamento da água potável, a agência da ONU afirma que os palestinos em Gaza estão sendo obrigados a utilizarem água suja vinda de poços, o que aumenta o risco de transmissão de doenças. Há uma semana, quando começou o cerco imposto por Israel, nenhuma ajuda humanitária é autorizada a entrar em Gaza, afirma a UNRWA.

Na base da ONU no sul da Faixa de Gaza, para onde a UNRWA transferiu suas operações depois da ordem de evacuação do norte imposta por Israel , a água potável também está acabando. 

"Precisamos transportar combustível para Gaza agora. O combustível é a única maneira de as pessoas terem água potável. Caso contrário, as pessoas começarão a morrer de desidratação grave, entre elas crianças pequenas, idosos e mulheres. A água é agora a última tábua de salvação restante. Apelo para que o cerco à assistência humanitária seja levantado agora", acrescentou Lazzarini.

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