O número de mortes causadas por conta de uma " seita de jejum " realizana no Quênia subiu para 226 nesta quarta-feira (17). De acordo com Rhoda Onyancha, prefeita da região de Malindi, local próximo de onde ocorreram os rituais, 15 corpos foram encontrados nas buscas mais recentes.
Rhoda destacou que 14 desses corpos foram exumados, e um foi encontrado na floresta . Uma outra pessoa foi resgatada com vida. Os investigadores concentram as buscas no esconderijo onde o grupo denominado Good News International Church se reunia.
A seita era liderada pelo pastor Paul Mackenzie Nthenge, que foi preso no começo de maio sob acusação de terrorismo. Ele lidera a Igreja Internacional da Boa Nova e incentivava fiéis a realizarem um jejum total "para conhecer Jesus".
A descoberta dos primeiros corpos foi resultado de escavações feitas pelas autoridades, em 21 de abril, no terreno usado pela seita. O presidente do Quênia , William Ruto, disse que o líder do grupo é um "terrível criminoso".
Autópsia indica falta de órgãos
Autópsias feitas nos corpos de pessoas que participaram do Good News revelaram ausência de órgãos e indícios de tráfico , conforme documento judicial divulgado pela agência de notícias AFP.
"Laudos de autópsia revelaram que faltavam órgãos em alguns corpos das vítimas que foram exumados até agora", informou o documento. A nota ainda cita "tráfico de órgãos humanos bem coordenado que envolve vários atores".
Os exames apontaram que a maioria das vítimas fatais morreram em decorrência da fome, e que outras foram estranguladas, golpeadas e afogadas.
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