Autópsias feitas nos corpos de pessoas que participaram de uma seita de jejum no Quênia revelaram ausência de órgãos e indícios de tráfico, conforme documento judicial divulgado nesta terça-feira (9) pela agência de notícias AFP .
"Laudos de autópsia revelaram que faltavam órgãos em alguns corpos das vítimas que foram exumados até agora", informou o documento. A nota ainda cita " tráfico de órgãos humanos bem coordenado que envolve vários atores".
Mais de cem corpos foram encontrados no mês de abril na floresta onde os fiéis se encontravam para a seite, que recomendava o jejum extremo para "conhecer Jesus". A floresta de Shakahola fica perto da cidade costeira de Malindi. Segundo a Cruz Vermelha, 212 pessoas foram registradas como desaparecidas. Entre os cadáveres descobertos pelos investigadores, a maioria é de crianças.
Após a repercussão do caso, o presidente do Quênia, William Ruto, disse que vai agir contra aqueles que "usam a religião para promover uma ideologia obscura e inaceitável", os comparando com "terroristas".
Autópsias realizadas em 112 corpos mostraram que a maioria das vítimas da seita morreram de fome , após ter seguido os conselhos do pastor da Igreja Internacional das Boas Novas, Paul Nthenge Mackenzie.
No entanto, o laudo também apontou que algumas das vítimas foram estranguladas, golpeadas e afogadas.
Paul Nthenge Mackenzie foi preso e será processado por "terrorismo", informaram os promotores.
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