Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos EUA na ONU
Reprodução/Twitter @USAmbUN
Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos EUA na ONU


Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos Estados Unidos na ONU , realizará uma visita diplomática ao Brasil que terá início na terça-feira (2) e será finalizada na quinta (4). Ela viajará a Brasília e Salvador. 

Já nesta segunda-feira (1), a diplomata realizou uma entrevista coletiva antes da viagem, e um dos assuntos abordados foram as falas do presidente Lula a respeito da guerra na Ucrânia. Greenfield afirmou que os norte-americanos ficaram "desapontados" com as declarações do líder brasileiro. 

"Posso dizer que ficamos desapontados com os comentários iniciais que o presidente fez, e a razão para tal é que nós compartilhamos fortes valores democráticos, e o Brasil tem sido um parceiro constante na defesa desses valores nas Nações Unidas e no sistema multilateral", destacou, de acordo com informações do jornal O Globo. 


Ela complementou a fala ressaltando que o Brasil sempre apoiou a soberania e independência dos países, bem como a integridade territorial de cada um deles. Thomas pontutou ainda que amigos discordem entre si, e que espera dar continuidade ao diálogo com os brasileiros. 

"Nossa recomendação para o Brasil é que interaja com a Ucrânia, e entendo que o Brasil está avançando nesses contatos com o governo ucraniano", disse. 

Lula diz que Ucrânia é a 'grande vítima'

Lula afirmou, no dia 22 de abril, que a Ucrânia é a “grande vítima da guerra”. A declaração do petista foi feita enquanto ele realizava a primeira viagem oficial à Europa. 

“Há uma posição muito clara: o Brasil condenou a Rússia por invadir o espaço territorial da Ucrânia, ponto. […] O que o Brasil não quer é se alinhar à guerra. O Brasil quer se alinhar a um grupo de países que precisa trabalhar para construir a paz”, disse Lula ao RTP, canal de notícias de Portugal. 

A declaração aconteceu após algumas falas do presidente brasileiro provocarem reações negativas na comunidade internacional. O petista tem sido acusado de estar favorável à Rússia após dizer que os dois países são culpados pelo conflito .

“Eu penso que a construção da guerra foi mais fácil do que será a saída da guerra, porque a decisão da guerra foi tomada por dois países”, afirmou Lula durante coletiva de imprensa durante viagem oficial à Abu Dhabi.

Quando estava em Pequim, em 15 de abril, Lula ainda pediu para que os Estados Unidos país pare de "incentivar a guerra e comece a falar em paz".

"Eu acho que a China tem um papel muito importante, possivelmente seja o papel mais importante (em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia). Agora, outro país importante são os Estados Unidos. Ou seja, é preciso que os EUA parem de incentivar a guerra e comecem a falar em paz, para a gente convencer o Putin e o Zelenski de que a paz interessa a todo mundo. A guerra só está interessando, por enquanto, aos dois", apontou o presidente Brasileiro.

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