
Nesta terça-feira (23), o ex-presidente da Rússia e vice-presidente do Conselho de Segurança, Dmitry Medvedev , rebateu comentários ocidentais de que o país estaria ficando sem mísseis ou artilharia na guerra na Ucrânia , que completa 11 meses de duração hoje . De acordo com ele, Moscou tem estoque de armas suficiente para continuar combatendo as tropas ucranianas.
"Nossos oponentes estão vigiando, eles periodicamente fazem declarações de que não temos isso ou aquilo... Quero decepcioná-los. Temos o suficiente de tudo", afirmou, durante visita a uma fábrica de Kalashnikov em Izhevsk, a leste de Moscou.
Em vídeo publicado em seu canal do Telegram , Medvedev aparece inspecionando fuzis Kalashnikov, projéteis de artilharia, mísseis e drones.
A fala de que a Rússia estaria enfrentando uma escassez de armas foi repercutida por militares ucranianos e ocidentais, dizendo que o país estaria ficando sem artilharia após disparar milhares de projéteis e mísseis contra a Ucrânia , desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro do ano passado .
Às autoridades, Medvedev disse que os drones estavam em alta demanda para o que Moscou chama de "operação militar especial" na Ucrânia.
Drones têm sido usados tanto pela Rússia quanto pela Ucrânia em ataques desde o começo do conflito . Isso porque os artefatos são relativamente baratos, precisos e considerados mais seguros do que aeronaves tripuladas.
O Irã forneceu "drones kamikaze" à Rússia, além de mísseis terra-ar para a guerra, o que resultou em novas sanções ocidentais contra o Teerã .
Na última quinta-feira (19), Medvedev afirmou que a derrota russa no conflito contra a Ucrânia pode desencadear uma guerra nuclear .
"Baladeiros políticos subdesenvolvidos repetem como mantra: 'para obter a paz, a Rússia precisa perder'. Nunca lhes ocorre trazer a seguinte conclusão elementar disso: a derrota de uma potência nuclear numa guerra convencional pode levar a uma guerra nuclear. Potências nucleares não perdem conflitos em que seu destino está em jogo", escreveu ele no Telegram .
Prestes a completar um ano, a guerra na Ucrânia já deixou ao menos 7 mil civis mortos no território, quase 8 milhões de refugiados em toda a Europa e diversas cidades completamente destruídas por bombardeios e ataques russos, segundo o Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
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