O presidente da Rússia , Vladimir Putin , disse, quase 10 meses após o início da guerra na Ucrânia , que o conflito ainda vai "demorar um pouco" para acabar. Em reunião do Conselho de Direitos Humanos da Rússia no Kremlin nessa quarta-feira (7), o mandatário também alertou sobre uma ameaça "crescente" de guerra nuclear .
Em discurso, Putin afirmou que Moscou vai lutar com "todos os meios" que tem "à disposição", no que chama de "operação militar especial" na Ucrânia. Ao mesmo tempo, disse não ver a necessidade imediata de mobilizar mais tropas.
"No que diz respeito à natureza prolongada da operação militar especial e seus resultados, é claro, vai demorar um pouco, talvez", afirmou Putin .
Sem excluir a possibilidade do uso de armas nucleares , Putin disse ver o arsenal nuclear russo como um dissuasor, e não uma provocação.
"Quanto à ideia de que a Rússia não usaria tais armas primeiro em nenhuma circunstância, isso significa que ela não seria capaz de ser a segunda a usá-las também — porque a possibilidade de fazer isso em caso de um ataque ao nosso território seria muito limitada", afirmou.
"No entanto, temos uma estratégia. Como defesa, consideramos sim as armas de destruição em massa, as armas nucleares – tudo é baseado no chamado ataque de retaliação", acrescentou. "Ou seja, quando somos atingidos, atacamos em resposta."
Na ocasião, o mandatário disse que um grande número de armas nucleares dos Estados Unidos estavam em solo europeu e que a Rússia não havia transferido nenhuma parte de seu arsenal para outros territórios — e nem pretende. Ao mesmo tempo, ele disse que "protegerá seus aliados com todos os meios à sua disposição, se necessário".
"Nós não enlouquecemos. Estamos conscientes do que são as armas nucleares. Nós temos esses meios, eles estão em uma forma mais avançada e moderna do que os de qualquer outro país nuclear, isso é óbvio", acrescentou. "Mas nós não vamos brandir essas armas como uma navalha, correndo ao redor do mundo."
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