Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky
Pres Ucrânia / Fotos Públicas
Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky , pediu que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) tome medidas para impedir os ataques aéreos russos contra infraestruturas básicas , nessa quarta-feira (23).

No início do dia de ontem, a Rússia lançou mais mísseis contra o território ucraniano, forçando o fechamento de usinas nucleares e deixando civis mortos em Kiev .

"Hoje é apenas um dia, mas recebemos 70 mísseis. Essa é a fórmula russa do terror", afirmou Zelensky em vídeo para a Câmara do conselho de Nova York. De acordo com ele, lugares vitais, como hospitais, escolas, além de meios de transporte e áreas residenciais foram atingidos pelos últimos ataques.

Na ocasião, o ucraniano disse que está esperando "uma reação muito firme" do mundo aos bombardeios dessa quarta. O conselho, no entanto, não deve tomar qualquer atitude frente ao ocorrido, uma vez que a  Rússia é um membro com poder de veto.

No pronunciamento,  Zelensky também pediu que o país liderado pelo presidente Vladimir Putin  não votasse em qualquer decisão a respeito de suas ações.

"Não podemos ser reféns de um terrorista internacional", afirmou. "A Rússia está fazendo de tudo para tornar um gerador de energia uma ferramenta mais poderosa do que a Carta da ONU."

Ao falar sobre os ataques, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse que Putin estava "claramente armando o inverno para infligir imenso sofrimento ao povo ucraniano". Segundo a autoridade, o mandatário russo "tentará congelar o país até a submissão".

O embaixador da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, por outro lado, rebateu Zelensky e disse que era contra as regras do conselho que permitiu que o ucraniano aparecesse por vídeo. Ele também rejeitou o que chamou de "ameaças e ultimatos imprudentes" da Ucrânia e dos aliados ocidentais.

Nebenzya justificou os ataques afirmando que os  danos à infraestrutura da Ucrânia foram causados por mísseis disparados por sistemas de defesa aérea. De acordo com ele, os bombardeios atingiram áreas de civis após serem disparados contra mísseis da Rússia. 

Ele também pediu que o Ocidente pare de fornecer mísseis de defesa aérea à Ucrânia na guerra , que começou em 24 de fevereiro deste ano .

Chegada do inverno

O debate ocorre em meio à chegada do inverno na Ucrânia e o temor que a população fique sem ter como manter necessidades básicas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que, na Ucrânia,  cerca de 10 milhões de pessoas já estão sem energia e, com a chegada do inverno, até três milhões podem precisar sair de casa em busca de condições mínimas de sobrevivência .

"O inverno vai ameaçar a vida de milhões de pessoas na Ucrânia", disse Henri Kulge, representante da OMS na Europa, nessa semana. "A devastadora crise da energia, a grave emergência de saúde mental, restrições ao acesso humanitário e o risco de doenças virais farão do inverno um teste formidável para o sistema de saúde da Ucrânia e para os ucranianos, e também para o mundo e seu compromisso de apoiar a Ucrânia."

Nesta semana, autoridades ucranianas também alertaram para danos 'colossais' na rede elétrica . Este tipo de ofensiva tem o objetivo de enfraquecer a curto e médio prazo os locais atingidos.

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