Presidente dos EUA, Joe Biden, discursando na COP27
Reprodução / TalkTV - 11.11.2022
Presidente dos EUA, Joe Biden, discursando na COP27

Enquanto o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discursava na COP27 , um grupo de manifestantes protestava dentro do plenário da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta sexta-feira (11).

O grupo não chegou a interromper a fala do mandatário, mas os manifestantes levantaram das cadeiras, levantaram cartazes e emitiram sons altos, que foram registrados pela mídia enquanto o discurso era transmitido no mundo todo.

Depois disso, os seguranças norte-americanos e os da ONU removeram os manifestantes do local.

Na fala de hoje , Biden alertou que lutar contra o problema das mudanças climáticas é "imperativo" para o mundo.

"A crise climática atinge a segurança humana, econômica e social. É preciso agir com urgência. A guerra da Rússia aumenta essa exigência de uma transição para que o mundo abandone a dependência dos combustíveis fósseis", afirmou aos presentes.

Biden ainda pediu desculpas pelo  ex-presidente do país Donald Trump ter retirado os Estados Unidos  do Acordo de Paris sobre o clima, em junho de 2017 . Um dos primeiros atos do democrata, assim que foi eleito, foi recolar os norte-americanos no pacto.

"Os Estados Unidos vão cumprir com os objetivos de redução das emissões de gases poluentes até 2030. O meu compromisso com o clima é inquebrável e nós vamos fazer a nossa parte para evitar o inferno climático", acrescentou.

A saída dos norte-americanos do acordo representou uma dificuldade a mais aos esforços globais para reduzir o aquecimento global e já era uma das promessas de campanha de Trump, antes de ser eleito.

O acordo foi assinado em 12 de dezembro de 2015, durante a COP21, e está em vigor desde 4 de novembro de 2016.

O discurso de Biden , no entanto, não agradou parte do plenário e dos negociadores internacionais que estavam no evento, já que o norte-americano não mencionou um dos principais pontos de discussão da COP27 : a ajuda financeira dos países desenvolvidos aos mais pobres para o enfrentamento das mudanças climáticas.

As negociações da edição deste ano estão sendo marcadas por embates entre os países em desenvolvimento e os mais ricos .

Enquanto o primeiro grupo quer discutir esse financiamento dos mais ricos, o segundo, quer adiar a discussão e trata o assunto como uma questão de redução da emissão de gases de forma geral, para todos os países.

Embora  Biden tenha anunciado algumas iniciativas que ajudam os países da África e o Egito, as medidas estão financeiramente longe do que é demandado pelas nações mais pobres.

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