Cristina Kirchner, vice presidente da Argentina
Reprodução/Twitter
Cristina Kirchner, vice presidente da Argentina

A polícia argentina prendeu, nesta quinta-feira (20), três pessoas ligadas a um grupo de extrema direita e que são acusadas de ameaçar a  vice-presidente do país, Cristina Kirchner.

Jonathan Morel, Leonardo Sosa e Gastón Guerra fazem parte do grupo conhecido como Revolução Federal, e são suspeitos de organizarem manifestações violentas contra Kirchner.

Morel, de 23 anos, é considerado o criador do movimento de extrema esquerda que desde maio vem crescendo nas redes sociais e nas ruas, com atos realizados no centro de Buenos Aires. 

Os militantes são investigados por ameaçar a ex-presidente, seu filho e o atual chefe do Executivo do país, Alberto Fernández . Há a suspeita de que o grupo tenha ligações com Fernando Sabag Montiel e Brenda Uliarte, presos por participarem da tentativa de assassinato contra a ex-presidente. 


Documento solicitando a investigação do grupo

Na última segunda-feira (17), os advogados de Cristina Kirchner encaminharam um documento ao juiz federal Marcelo Martínez Giorgi onde pedem que a Revolução Federal seja investigada pela suposta ligação com o atentado sofrido pela ex-presidente. 

"É provável que as ações do grupo não se limitem a ameaças, instigações e preparação de crimes em abstrato, mas que tenham participado especificamente da tentativa de atentado contra mim", escreveu Kirchner no texto. 

Ela destaca ainda que tomou conhecimento de que os militantes teriam compartilhado, entre si, declarações dadas por  Fernando Sabag e Brenda Uliarte.

A vice-presidente lembrou na carta que, cinco dias antes do ataque, o grupo realizou um bate-papo via Twitter em que Jonathan Morel levantou a possibilidade de infiltração entre os manifestantes durante um ato.

"Pena que já conhecem a minha cara. Senão, você sabe como eu me infiltro por lá por uma semana e assim que puder entro para a História. Eles vão me linchar, mas entrarei para a História", enfatizou Morel.

A ex-presidente também criticou a possível ajuda financeira recebida pelo grupo de extrema direita da empresa Caputo Hermanos, liderada por Luis Caputo, ex-presidente do Banco Central da Argentina.

"Em relação aos fatos publicamente conhecidos, também é alarmante o provável financiamento desse grupo violento, que queria acabar com a minha vida, por pessoas da oposição ao governo do qual faço parte", afirmou Kirchner.

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