Caixões em cemitério de Nápoles correm o risco de cair
Ansa
Caixões em cemitério de Nápoles correm o risco de cair

O colapso de um columbário de quatro andares em um cemitério na cidade de Nápoles, no sul da Itália , deixou inúmeros caixões pendurados e com risco de desabar e provocou o fechamento da área nesta terça-feira (18).

Esta é a segunda vez em um ano que o cemitério napolitano de Poggioreale sofre um colapso, após o primeiro, em 5 de janeiro, atribuído às obras da linha de metrô na região.

De acordo com o vereador de Nápoles responsável pelos cemitérios, Vincenzo Santagada, o colapso ocorreu especificamente na Capela da Ressurreição, chamada "Gesù Risorto 1", um prédio de quatro andares cheio de nichos, que destruiu dezenas de sepulturas e deixou caixões em "precário equilíbrio, com corpos visíveis e sem qualquer proteção".

"O edifício está localizado na Porta Balestrieri, na via Santa Maria del Pianto, perto do crematório. Portanto, não está perto das imediações da área onde ocorreram os colapsos nos dias 4 e 5 de janeiro", explicou Santagada, reforçando que "neste momento toda a área do Monumental está interditada e está sendo preparada uma ordem para fechar o cemitério".


Os bombeiros, a polícia local e os serviços municipais intervieram na área. No momento do desabamento não havia familiares de falecidos tendo em vista que a capela está fechada há 10 meses. Os novos caixões, restos mortais e cinzas deverão ser levados para outro cemitério da cidade, o "Nuovissimo".

Após o desabamento de 5 de janeiro, no qual cerca de 300 sepulturas foram destruídas, o Ministério Público napolitano ordenou o fechamento do cemitério e atualmente investiga 20 pessoas por suposto envolvimento em um crime de desastre na construção do metrô.

"Ver alguns meses após o último colapso escandaloso as mesmas e ainda mais terríveis cenas, como os caixões suspensos nos escombros faz sangrar nossos corações, como napolitanos e como operadores do setor que sempre imaginaram um destino diferente", afirmou Gennaro Tammaro, secretário-geral da Assofuneral, a associação italiana de empresas funerárias.

"Pedimos respostas rápidas e certas, e que as instituições façam imediatamente tudo o que estiver ao seu alcance para travar este terrível estrago", concluiu Tammaro.

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