Benedito Golçalves, ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), deu um prazo de três dias para que o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) se manifeste sobre a utilização político-eleitoral das suas redes sociais.
O corregedor-geral da Justiça Eleitoral determinou ainda a identificação de 28 perfis suspeitos de divulgarem informações falsas favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro (PL) .
A determinação do TSE ocorre após a análise de uma ação apresentada pela Coligação Brasil da Esperança, de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , que algou haver um sisema de manipulação osquestrado a partir da propagação de desinformação.
Também ficou estabelecido que quatro canais bolsonaristas suspeitos de divulgar notícias falsas relacionadas ao período eleitoral sejam desmonetizados até o dia 31 de outubro, dia posterior ao segundo turno das eleições .
"O que se mostra preocupante é que essas pessoas jurídicas, ao produzirem conteúdo ideologicamente formatado para endossar o discurso do candidato que apoiam, têm se valido por reiteradas vezes de notícias falsas prejudiciais ao candidato Lula, com significativa repercussão e efeitos persistentes mesmo após a remoção de URLs", disse Benedito na decisão.
O corregedor-geral também ressalta que essas pessoas jurídicas assumiram um "comportamento simbiótico" relacionado à divulgação de conteúdos da campanha do atual chefe do Executivo brasileiro e candidato à reeleição.
Um dos argumentos usados pelo ministro para dar a decisão refere-se a comprovações estatísticas de busca do Google que relacionam picos de pesquisa com disparos massivos de de conteúdos falsos por parte dos perfis que estão sendo investigados. Segundo ele, o filho do presidente participa deste "ecossistema de desinformação ".
"Determino, ademais, a intimação do terceiro investigado, Carlos Nantes Bolsonaro, pelo meio mais célere, para que, no prazo de 3 (três) dias, manifeste-se sobre a utilização político-eleitoral de seus perfis nas redes sociais, bem como sobre o requerimento para que sejam removidos em razão do alegado ecossistema de desinformação em favor do primeiro investigado, sem prejuízo da apresentação de defesa após regular citação", destacou benedito Golçalves.
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