Presidente dos EUA, Joe Biden
Joshua Qualls/Governor's Press Office - 12.09.2022
Presidente dos EUA, Joe Biden

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden , falou sobre as  ameaças nucleares do mandatário da Rússia, Vladimir Putin , e disse que acha difícil que uma arma desse porte seja usada sem causar uma destruição completa.

"Pela primeira vez desde a crise dos mísseis cubanos, temos uma ameaça direta do uso [de uma] arma nuclear se de fato as coisas continuarem no caminho que estão indo", disse Biden , em evento de arrecadação de fundos democrata em Nova York.

"Eu não acho que exista a capacidade de facilmente [usar] uma arma nuclear tática e não acabar em um Armagedom", acrescentou.

As declarações de Biden acontecem em um cenário que os EUA avaliam responder a uma série de cenários possíveis, diante das ameaças de Putin de usar a força nuclear .

"Estou tentando descobrir qual é a rampa de acesso de Putin ", afirmou. "Onde ele encontra uma saída? Onde ele se encontra em uma posição em que não apenas perde a fama, mas perde poder significativo dentro da Rússia?".

Na quinta-feira, autoridades alertaram que os EUA não detectaram preparativos para um ataque nuclear. No último dia 4, no entanto, o jornal britânico The Times publicou que o russo estaria preparando suas forças armadas para fazer um teste nuclear na fronteira da Ucrânia .

O jornal citou um relatório de inteligência enviado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) aos Estados-membros, que alertou sobre as possíveis ações de Moscou.

Algumas fontes ouvidas pelo jornal declararam que um trem militar russo da divisão nuclear partiu para a Ucrânia , sendo que a unidade é responsável pelo armazenamento e manutenção das munições nucleares. O suposto teste poderá ocorrer no Mar Negro.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que Moscou não quer entrar na "retórica nuclear da mídia e dos políticos ocidentais".

"Esse barulho de sabre nuclear é imprudente e irresponsável", disse o porta-voz do Pentágono, Brig. Gen. Pat Ryder, na quinta-feira. "Como mencionei antes, neste estágio, não temos nenhuma informação que nos leve a mudar nossa postura estratégica de dissuasão, e não avaliamos que o presidente Putin tenha tomado a decisão de usar armas nucleares neste momento."

Embora as autoridades norte-americanas acreditem que o mundo está o mais próximo de uma crise nuclear desde 1960, não viram uma mudança de postura da Rússia em relação a esse assunto que possa causar preocupação.

"Nada foi detectado hoje que refletisse uma escalada", disse uma autoridade dos EUA à CNN.

No último dia 21,  Putin disse que convocaria cerca de 300 mil cidadãos da reserva para se unir às  tropas russas na Ucrânia e fez ameaças de uso de armas nucleares.

Ele também disse que prorrogou indefinidamente os contratos dos soldados que já estão lutando pela  Rússia contra a Ucrânia e anunciou o aumento de gastos com a produção de armamentos. Na ocasião, o mandatário também fez ameaças  nucleares aos países do ocidente e afirmou que não se trata de um "blefe".

"Não é um blefe", declarou o líder russo. "[...] Nosso país tem vários meios de destruição, alguns dos quais são mais modernos do que os dos países da Otan".

Biden disse conhecer Putin "muito bem" e que "ele não está brincando quando fala sobre o uso potencial de armas nucleares táticas ou armas biológicas ou químicas porque suas forças armadas estão, pode-se dizer, com desempenho significativamente abaixo do esperado".

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