Joe Biden no 60 minutos 19.09.2022
Reprodução Youtube - 19.09.2022
Joe Biden no 60 minutos 19.09.2022

O presidente dos Estados Unidos Joe Biden disse durante entrevista no programa 60 minutos da CBS que foi transmitido neste domingo (18) que as forças dos EUA defenderiam a ilha autogovernada reivindicada pela China em caso de uma invasão chinesa

Ao ser questionado para avaliar e opinar sobre a situação entre dos os dois países Biden concordou que houve uma invasão chinesa à ilha. 

“Sim, se de fato houve um ataque sem precedentes”.

O apresntador então pede que Biden confirme se o que ele quis dizer seria que 'diferentemente da  Ucrânia, as forças dos EUA, os soldados americanos, defenderiam Taiwan em caso de uma invasão chinesa?'

Biden então responde “Sim”.

Após a entrevista, um porta-voz da Casa Branca informou que a política dos EUA em relação a Taiwan não se alterou. Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores chinês disse que a China apresentou “representações severas” contra os EUA.

O  porta-voz do Ministério das Relações Exteriores acrescentou que "as observações dos EUA [...] violam severamente o importante compromisso de não apoiar a independência de Taiwan e enviam um sinal seriamente errôneo às forças separatistas de independência de Taiwan". 

Mao Ning afirmou em coletiva de imprensa que a China está “...disposta fazer os maiores esforços sinceros para lutar pela perspectiva de reunificação pacífica, ao mesmo tempo, nunca toleraremos quaisquer atividades destinadas a dividir o país e reservamos a opção de tomar todas as medidas necessárias”. 

Na outra ponta, o Ministério das Relações Exteriores de Taiwan expressou por meio de nota uma “sincera gratidão a Biden após afirmar a sólida promessa de segurança do governo dos EUA para Taiwan”.

O comunicado diz ainda que para proteger a estabilidade regional de Taiwan, o país "resistiria à expansão e agressão autoritária e aprofundaria a estreita parceria de segurança com Washington e outros governos de pensamento semelhante”.

As tensões sobre o estreito de Taiwan voltaram a aumentar, após uma controversa visita a Taiwan pela presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, em agosto. Essa visita levou a China a realizar seus maiores exercícios militares em Taiwan.

Os EUA são obrigados por lei federal a garantir que Taiwan tenha meios de se defender, mas a lei não especifica se as forças americanas seriam enviadas em combate, por exemplo. 

Biden, que está na Grã-Bretanha para o funeral da rainha Elizabeth II na segunda-feira, já havia feito comentário parecido em maio deste ano quando questionado se estaria disposto a se envolver militarmente para defender Taiwan: "Sim, esse é o compromisso que assumimo". 

Biden reiterou durante a entrevista que os EUA não apoiam a independência de Taiwan e continuam comprometidos com uma política de “Uma China” na qual Washington reconhece oficialmente Pequim, não Taipei.

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